Vovó enxuta e eu |
Quando tomei
a decisão de viajar, descobri que perderia 2 eventos que considerava
importantes; Copa do Mundo e o aniversário de 90 anos da minha avó.
A Copa do
Mundo, depois do 7x1, dei graças a Deus por sequer, ter assistido ao último
jogo (estava no Nepal e não tinha televisão, nem energia elétrica). Mas quanto
ao aniversário da vovó, eu ainda não tinha aceitado totalmente a ideia de perdê-lo.
Fiquei pensando na remota possibilidade de ir ao Brasil para a comemoração,
pois seria uma festa especialíssima e todos estariam presentes, exceto eu. Não
cheguei a comentar com ninguém essa minha vontade, mas, como sempre, o universo
conspira a favor.
Resumindo,
precisava apenas de um empurrãozinho para comprar a passagem e ir, o que
aconteceu 5 dias antes da festa. Minha mãe perguntou o que eu acharia de sair
de Berlim, ir ao aniversário em Curvelo e depois voltar. Isso mostra nosso
nível de sintonia, então com esse apoio moral, fui.
Temos mania
de nos unirmos como família, apenas quando algo de ruim acontece. A consciência
pesa e queremos prestar aquela última homenagem à pessoa, já que me vida, fomos
relapsos, ou negligentes. Quero homenagear as pessoas que amo agora, que estão
todas por aqui, saudáveis e lúcidas, porque, deixar para depois, e mandar coroa
de flores, não adianta mais nada.
A festa foi
excelente, não só a minha avó, quanto todos os parentes ficaram super
satisfeitos com a surpresa e eu ganhei mais uma história maluca para contar.
Ainda bem que salvo tudo no blog, pra não esquecer.
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