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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Dia 219 - Um pulinho no Brasil

Vovó enxuta e eu
Quando tomei a decisão de viajar, descobri que perderia 2 eventos que considerava importantes; Copa do Mundo e o aniversário de 90 anos da minha avó.

A Copa do Mundo, depois do 7x1, dei graças a Deus por sequer, ter assistido ao último jogo (estava no Nepal e não tinha televisão, nem energia elétrica). Mas quanto ao aniversário da vovó, eu ainda não tinha aceitado totalmente a ideia de perdê-lo. Fiquei pensando na remota possibilidade de ir ao Brasil para a comemoração, pois seria uma festa especialíssima e todos estariam presentes, exceto eu. Não cheguei a comentar com ninguém essa minha vontade, mas, como sempre, o universo conspira a favor.

Resumindo, precisava apenas de um empurrãozinho para comprar a passagem e ir, o que aconteceu 5 dias antes da festa. Minha mãe perguntou o que eu acharia de sair de Berlim, ir ao aniversário em Curvelo e depois voltar. Isso mostra nosso nível de sintonia, então com esse apoio moral, fui.

Temos mania de nos unirmos como família, apenas quando algo de ruim acontece. A consciência pesa e queremos prestar aquela última homenagem à pessoa, já que me vida, fomos relapsos, ou negligentes. Quero homenagear as pessoas que amo agora, que estão todas por aqui, saudáveis e lúcidas, porque, deixar para depois, e mandar coroa de flores, não adianta mais nada.


A festa foi excelente, não só a minha avó, quanto todos os parentes ficaram super satisfeitos com a surpresa e eu ganhei mais uma história maluca para contar. Ainda bem que salvo tudo no blog, pra não esquecer.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Dia 216 - We Love Berlin

Berlin Lights - Portão de Brandenburgo
Depois de umas boas semanas sem atualizar meu querido blog, fiel companheiro de viagem(s), arrumei um tempinho.

25 dias foram suficientes para a matar as saudades da minha mãe e o passeio foi ótimo. Nos divertimos muito e fiquei satisfeitíssimo com a decisão de compartilhar o “Pedro pelo Mundo” com ela. Já estamos pensando em qual será o nosso próximo destino.

Finalmente, depois de 191 dias perambulando por aí, tenho um lar! O apartamento em Berlim é ótimo, relativamente bem equipado, e próximo a uma estação de metrô. Em 15 minutos estou no centrão de Berlim, tipo Rua dos Goitacazes, Carijós e outros indígenas. A melhor sensação foi guardar meu mochilão no fundo do armário e dizer assim “companheiro (olha o Lulismo), até breve”.

Voltando ao mundo comum, onde as pessoas tem responsabilidades e horários, me senti um pouco perdido. Eu lembro que eu era a eficiência em pessoa; acordava 5:20 e em 20 minutos já estava indo para o trabalho, depois de lanchar e tudo mais. Agora, com os mesmíssimos 20 minutos, eu ainda estou lavando o rosto e andando de um lado para o outro, sem saber o que fazer – acordo 07:20, duas horas depois do meu antigo horário.

Berlin Lights - Potsdamer Platz
Poder morar em Berlim, mesmo que por um período curtíssimo, 3 meses e meio, é um privilégio. A cidade transpira história e tem sempre eventos bacanas para ir. O últim  foi Berlin Lights, onde iluminaram os principais pontos turísticos da cidade com projetores que reproduziam curtos filmes, imagens, textos, desenhos. Em Novembro já vem outro evento que comemora 25 anos da queda do muro – já tem 25 anos! Lembro como se fosse outro dia (mentira, nem era nascido)... Nos dias com pouca névoa, enquanto entro na estação do metrô, posso dar um “tchauzinho” para a Fernseherturm (Torre de televisão), um dos cartões postais mais famosos de Berlim.

Nada é tão bom que não possa melhorar. As aulas estão sendo muito boas e minha professora é daquelas bem “rúim”, alemânica ao extremo, que de tão direta, quase é mal educada; curto muito. Se tirarem uma foto da turma, vai parecer foto da Onu. Chile, Dinamarca, Noruega, Albânia, Ucrânia, Taiwan, Hong Kong e eu. Tô apanhando bastante, pois preferi entrar em um nível mais difícil, então depois das aulas tenho que me empenhar e estudar em casa, coisa que nunca fiz na vida, mal mal na época de faculdade.

Estou escrevendo do aeroporto Charles de Gaule, colocando em prática a maior loucura que eu já fiz (me supero a cada dia). Assim que concretizada, divulgá-la-ei no blog – nada como uma mesóclise para finalizar o post. Adieu!


 
 
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