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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Dia 102 - Entendendo o Everest

Jantar - Arroz, lentilha e legumes
Depois de uma noite fatídica, acordei para ir tomar café, para o qual somos acordados, pontualmente as 08:00. Aqui no quartel, digo, hostel, tem horário para tudo! 08:00 café da manhã, 12:00 almoço e 19:00 toque de recolher + jantar. Essas 3 refeições diárias não conseguem suprir minhas necessidades, nem de longe, então todos os dias tenho ido a um bar/restaurante/cafeteria, para fazer um lanche bem reforçado na parte da tarde.

Pedi para colocarem meu “colchão”(com 2 cm de espessura) no sol, para acabar com o cheiro de mofo, pois não conseguiria dormir mais uma noite naquela coisa.

Na aula de hoje, aprendemos números, pronomes, preposições e dezenas de novas palavras de vocabulário. Com certa dificuldade, já conseguimos montar algumas frases em nepalês. Curiosamente, a língua é extremamente simples, de forma que, caos me esforce, nesses dois meses posso conseguir um nível básico de fluência.
Conversei bastante com o professor sobre minha possível viagem para o Everest. Há duas opções, sendo que nenhuma é realmente fácil e segura.
A primeira, e que mais me interessa, é pegar um voo de Kathmandu para Lukla e de lá fazer um trekking por cerca de 12 dias até o acampamento base, há uma altitude de 5600m. O “detalhe” dessa aventura é que o aeroporto de Lukla é considerado o mais perigoso do mundo, com uma pista de pouso curtíssima, 460m, que acaba em uma parede. Há a possibilidade de ir de helicóptero, entretanto, o último acidente registrado, em 2013, foi com um helicóptero, onde um dos passageiros morreu.
A segunda opção não vai ao acampamento base, mas sim ao acampamento de Anapurna, “do outro lado” do Everest. Não é necessário voar, pois é possível ir de ônibus até Pokhara, e de lá, caminhar até o acampamento em Anapurna, há cerca de 4000m de altura. O problema dessa opção é que a caminhada é extremamente difícil, com subidas e descidas muito íngremes, além de não ser o Acampamento Base do Everest, e sim, o Acampamento Base de Anapurna.
Tenho bastante tempo para repensar essa aventura, mas não quero me arriscar demais não.

Meu novo companheiro de quarto que, obviamente, vai acordar 04:30 da manhã para ir ao aeroporto, me aconselhou a não agendar nenhum tour com a RCDP, organização responsável pelo meu voluntariado, já que eles tem uns preços bem abusivos. Eu já tinha percebido isso, mas a maioria dos outros voluntários acha que está tudo bem, tudo lindo... Como já disse antes, não confio em locais e prefiro assistir como as coisas funcionam e entendê-las, antes de tomar decisões precipitadas. Tenho tempo e maldade pra isso.


Colchão sem cheiro, roupa de cama nova, noite tranquila. Aleluia!

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