Ir às ruínas de Machu Picchu com
poucos turistas é a melhor opção, pena que tão dolorosa. Acordei às 5:40, tomei
café, peguei meus mantimentos (banana, maçã, biscoitos, barra de cereal, água)
e cheguei às 07:00 em ponto lá em cima com cerca de 9°C.
Remarkable, seria o que Sean Connery, com toda sua sobriedade e
opulência diria sobre as ruínas descobertas em 1911. Eu, sinceramente, tenho dificuldades de expressar
o que foi aquele lugar pelo qual andei por mais de 4 horas. Há algo de místico
em meio aquelas construções milenares, paisagem do senhor dos anéis, clima molhado
e subidas apropriadas para um cabrito ou uma llama, melhor dizendo.
O clima muda a cada minuto entre
sol, chuva, neblina e muita neblina. Em determinado momento, a simples ação de
trocar a lente da câmera, que tomou pouco mais de um minuto, fez com que a
paisagem se alterasse drasticamente.
Simetria nas construções, pedras
esculpidas e encaixadas como se fossem isopor, curvas de nível, que além de
evitarem erosões, serviam para agricultura, alto conhecimento astronômico...
São algumas características da cidade e dos que viveram por lá.
Antes de conhecer pessoalmente,
imaginava que Machu Picchu não era desse mundo; hoje tenho certeza que não é. As
construções são datadas do século XV e vendo de perto é impossível acreditar
que não houve algum tipo de ajuda externa. Isso cria uma magia ainda mais
especial!
Conheci um casal de brasileiros e
um casal de australianos durante a caminhada - é muito bom falar português e ainda ter companhia! Os australianos sugeriram que
quando eu estiver por lá, passe na casa deles próxima a Melbourne. How great is that?
Agora é ir embora da Cidade
Sagrada e viajar mais 7h até Puno, rumo ao Titicaca.