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terça-feira, 16 de setembro de 2014

Dia 179 - Uma palhinha de Berlim

Fernseherturm - Torre de televisão
Conforme minha programação, I saved the best for last (deixei o melhor pro fim)! Finalmente, depois de tantos perrengues, cheguei à Alemanha, meu destino final, ou não, dessa longa empreitada. Chegar aqui foi uma sensação indescritível e, ao sentar em um bar, pedir uma cerveja e um Kassler (corte de porco defumado), valeu todo o sacrifício e me fez lembrar o tanto que gosto de Berlim. Como me sinto à vontade por essas bandas...

No dia seguinte, minha mãe chegou e não pude esconder minha empolgação. Subi no terraço do aeroporto (por EUR2, um absurdo cobrar) e fiquei acenando pro avião da TAP, até os passageiros saírem, mas ela não me viu... Fomos dar um passeio pela Alexanderplatz, principal ponto turístico de Berlim, antes de partirmos para Londres e Paris – fomos brindados com um dia lindo.

Estávamos prontos para começarmos nossa primeira viagem, juntos, pela Europa. Por 25 dias, Dona Olga e eu estaremos passeando, de “férias”. Uso “férias”, porque só ela que está de férias. Eu continuo trabalhando agendando hotéis, passeios, voos, ônibus, trens, tobogãs... 

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Dia 178 - Uma vodka por favor

Moscou - St Basil's Church
Perestroyka, vodka, Tolstoi, Romanov, nasdrovia, Putin, vodka, Bolcheviques, Puchkin, Kremlin, Trotsky, vodka, Gorbatchov, Lada, Lenin e vodka. Além do óbvio, a Rússia é muito mais interessante do que se imagina e estar em Moscou, palco de inúmeros eventos que poderiam ter mudado o curso da história, é uma sensação fenomenal.


Moscou é linda! Cheguei no fim da tarde, mas como estamos no outono, anoitece lá pelas 20:00, então dá para aproveitar bem o dia. Em uma volta pelas imediações do meu hostel, dei de cara com a Praça Vermelha e pude acompanhar o anoitecer naquela paisagem espetacular, com a famosa St. Basil's Cathedral e suas nove torres que parecem terem saído de um conto de fadas. Caminhei mais um pouco e em uma ponte sobre o rio Moskva, vi a lua cheia, levemente escondida por nuvens, completando o clima.

Nessa mesma noite tive a sorte de conhecer Shuai, um chinês, que está há mais de dois anos em Moscou, e que se prontificou a ser meu guia, inclusive, em São Petersburgo. Como sempre, encontro pessoas pelo meu caminho que fazem, e muito, a diferença.

Moscou - Ponte sobre o rio Moskva
No dia seguinte, começou a maratona de turismo, que durou por cinco dias consecutivos. Shuai, meu guia oficial, me levou para cada parte interessante de Moscou contando, inclusive, a história dos lugares. Um dos lugares que mais gostei foi a Tretyakov Gallery, um museu com milhares de obras russas e alguns quadros fascinantes.

Moscou - Tretyakov Gallery
As pessoas não são muito sorridentes por lá. Conversando com um russo que conheci em Beijing, ele me explicou que sorrir é considerado fraqueza e tolice pela conservadora sociedade russa; para sorrir, só com algum real motivo (piada do Ary Toledo), senão, jamais. Um horror! Todo mundo é muito sério, os atendentes são bem mal educados e a gente até se sente mal. Estávamos em uma loja de souvenires quando perguntei para a atendente se uma determinada peça era feita à mão e recebi a resposta “é sim, não é daquelas porcarias made in China não”. Shuai ficou puto com a falta de noção da vendedora e saiu da loja... aiai, a Rússia...

Petersburgo - Winter Palace
Os moscovensens (não tenho ideia do nome de quem nasce em Moscou) dirigem em uma velocidade absurda dentro da cidade. Sendo a cidade com o maior número de bilionários do mundo, a quantidade de carros super caros é grande, então os motoristas devem sentir necessidade de acelerar ao máximo, quando o trânsito permite. Tentar atravessar fora da faixa de pedestre, é suicídio.
Uma questão curiosa é o metrô, pois além de ser muito profundo, nunca vi escadas rolantes tão compridas. Deve ser medo de bomba, ainda mais na época da guerra fria. Outro problema é o alfabeto cirílico. Mesmo tendo a mesma raiz que o nosso, grego antigo, é muito diferente. O “P” tem som de “R”, o “C” som de “S”, fora outras letras doidas.

Petersburgo - Winter Palace
Fomos para São Petersburgo de trem bala, que demora 4:30h para percorrer os mais de 800Km; rápido, mas fica no chinelo em relação ao Shinkansen, o trem bala japonês, que faz até 320Km/h.
São Petersburgo é bem menor que Moscou, quase que a metade, então é muito mais fácil de andar. Ficamos hospedados em Nevsky Prospect, principal avenida do centro da cidade, nos possibilitando andar pelas principais atrações, sem precisar utilizar metrô e ônibus.

O clima estava bem mais frio que Moscou, entre 6 e 15°C, agradável para caminhar de dia, mas bem frio para a noite. Minha única blusa de frio, se mostrou bem ineficiente, mas de qualquer maneira, minha mãe traria roupas que tenho no Brasil.
Petersburgo - Church of the Resurrection of Jesus Christ
 São Petersburgo é uma cidade tão aconchegante, que penso em voltar nos próximos meses, apesar do frio.
De todas essas atrações, a mais impressionante é o Winter Palace, onde atualmente funciona um museu. Com mais de 400 cômodos, o palácio é imenso, com salas e corredores absolutamente suntuosos.

A curta viagem entre Moscou e Petersburgo foi sensacional e quero sim voltar, mas com mais dinheiro, pois o custo é bem alto, tanto de alimentação, quanto hospedagem.






segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Dia 171 - Abandonado, jamais esquecido

Protesto nas ruas de Amman
Há quase uma semana não consigo atualizar o blog, então decidi que ele não será mais escrito diariamente, mas sim, de uma forma mais espontânea.

Depois de duas semanas inteiras, deixei Amman, rumo ao segundo mundo, onde a vodka impera e a língua soa como português de Portugal. A Jordânia foi uma boa zona de transição do oriente, de volta para o ocidente, já que os costumes de lá são relativamente ocidentalizados, mas, mesmo assim, bem pitorescos. Deixarei de ver turbantes, burcas, véus e voltarei ao conforto do ocidente com suas largas avenidas, carrões, shopping centers, futilidades, Mc Donalds, ternos, competição, correria – que saudades!


Falando assim, parece que estou voltando para casa, mas é exatamente essa a sensação que tenho, ao ir para a Europa. Até ir ao banheiro é diferente no oriente, então depois de mais de três meses “lutando”, volto para casa, onde entendo os costumes e as pessoas (na maior parte do tempo). Venci o que eu sabia que seria, e foi, a parte mais difícil da viagem.


Por não ter ido a Israel, estou programando um cruzeiro pelo Mediterrâneo, onde sairia, preferencialmente, da Itália, Grecia ou Turquia, e passaria em Alexandria, Tel A Viv e Haifa. Obviamente, que são planos futuros, pois no momento, Cruzeiro é só o meu time de futebol, líder do Brasileirão.


No último dia nas arábias, conheci um casal de Portugal. Falar português é bom demais, mas tive um pouco de dificuldade (muita). O caso é que conversar por telefone/Skype, é uma coisa, pessoalmente é muito diferente, então fiquei super travado para falar. Estranho ter dificuldades com a língua pátria.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Dia 167 - Atualizando os números

Vista do hotel
Tem muito tempo que não atualizo os números da viagem. Acho que no início, estava empolgado e contando tudo, mas depois de mais de 5 meses de estrada, o tempo é muito mais psicológico que cronológico.

De qualquer forma, os números impressionam. Isso eu tendo desacelerado um pouco nesses últimos meses.
Números da Viagem
Países visitados
15
Viagens de ônibus
10
Cidades visitadas
40
Hostels visitados
40
Quantidade de voos
20


Pela primeira vez subi no terraço do hotel, uma semana e meia depois de fazer o check-in. A vista não tem nada de especial, mas vale a pena conferir, de qualquer forma.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Dia 166 - Jordan Museum

Pintos de todas as cores
Nas proximidades do meu hotel, 1,5km, está localizado o Jordan Museum. O museu é bem bacana, mas peca muito em sinalização. Quase dei a volta ao redor dele inteiro, para achar a entrada, pois não tinha nenhuma placa informando o local exato.

A entrada é de graça e o museu funciona de 10:00 as 14:00, exceto terças e sextas. Ao registrar a minha entrada, percebi que eu era o primeiro visitante naquele dia. O prédio é de um tamanho impressionante, com um ar condicionado ideal.

A exposição principal era sobre Petra, cidade que visitei uma semana antes. Pedi um mapa, mas eles só tem um mapa, que fica na parede, então é muito fácil se perder; mais uma falha. Nem o banheiro é fácil de achar.

Saí de lá, em um calor escaldante, e fui tirar algumas fotos pelo meu caminho. O mais surpreendente, foi passar em frente a uma loja que vendia aves e perceber que eles colorem os pintinhos de diversas cores. Bem bizarro, mas deve ser para atrair crianças.


Passei na minha barraca de sucos favorita, onde os vendedores já me conhecem, já que estou há mais de uma semana por aqui, “preso”. Acabei criando uma certa rotina, que inclui lavar algumas peças de roupa e pendurar em um varal improvisado no meu quarto – farofada. 

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Dia 165 - Quase acabando

De longe, mas antenado com o Brasil
Uma semana até chegar à Europa! Nem acredito, que depois de tantos perrengues e infortúnios, chegarei ao mundo civilizado, apesar de que, Rússia não é lá aquele sinônimo de civilização, mas ta valendo.

Depois de mais de dois meses, separei uma calça e uma blusa de manga comprida, para colocar, assim que chegar em terras russas. Como passei apenas por lugares quentes, calça jeans era algo impensável de se usar.

Percebi que as milhas da viagem, não estavam sendo creditadas na minha conta, então entrei em contato com a American Airlines e me instruíram a enviar um email com cópia de todos os cartões de embarque. Simples, pois eu tenho todos aqui comigo, guardadinhos, exatamente para esse tipo de situação.

Fora isso, o dia foi bem tranquilo, assisti aos meus seriados, e baixei alguns filmes para assistir no decorrer dos dias. 

Na parte da noite, fui assistir ao debate dos precidenciáveis, então, como a diferença são de 6 horas, fui dormir por volta de 2 da manhã

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Dia 164 - Preparativos para a Rússia

Ainda falta mais de uma semana, mas precisava reservar acomodações e transporte de Moscow para São Petesburgo. Fazendo uma breve pesquisa, descobri que Moscow é considerada a segunda cidade mais cara do mundo, perdendo apenas para Zurique. De qualquer forma, como ficarei pouco tempo por lá, não será o suficiente para me “quebrar”.

O mais caro até agora, está sendo o trem de Moscow para Petesburgo, que me custou USD110, BRL266, lembrando que é apenas passagem de ida, pois meu voo para Berlin, sai de Petesburgo. Eu sempre quis fazer o expresso transiberiano, então esse trecho de trem, é um pedacinho inho do trajeto. Imagino que será uma viagem bacana, com duração de 4:30h.


Pesquisando o clima, que eu realmente me assustei. A mínima está chegando a 3°C, e as máximas na faixa de 14°C. Extremamente frio para essa época e não sei se minhas roupas me impedirão de congelar. Provavelmente não.
 
 
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