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sábado, 31 de maio de 2014

Dia 70 - Questão de saúde

Fim de tarde em Nusa Dua - Bali
Passei meu dia relaxando na piscina e no fim do dia, resolvi dar uma volta na praia. Nusa Dua é conhecida por resorts incríveis, inclusive, há um spa da Bulgari aqui perto, onde os hóspedes podem pegar um teleférico para ir para a praia particular – apenas para os super muito ricos. Aqui é o destino de muitas celebridades, pois além dos spas e resorts, a população, extremamente pobre, não tem ideia de quem são Rihana ou Hugh Jackman, frequentes visitantes.


Meu dia foi um pouco conturbado por alguns problemas que tive no meu hotel. Eu já não estava muito satisfeito com a localização, pois ficava isolado do mundo e, para piorar, apareceram algumas baratas no meu banheiro e ainda encontrei fezes de rato na minha cama. Isso foi a gota d’água para eu fazer checkout imediatamente e mudar de hotel, para um, com padrões de higiene mais ocidentais. Os donos do hotel ficaram extremamente constrangidos e, inclusive, me levaram para o novo hotel.

Talvez eu esteja sendo duro demais, mas a minha saúde é algo que eu tenho que ser extremamente atencioso, principalmente por estar em um país pobre, onde depender de um hospital não é uma boa opção.

Cheguei no meu novo hotel que fica na região de Seminyak, bem badalada, mas menos cheia que a famosa Kuta. Cercado de bares e restaurantes, sabia que estava no lugar certo.

Único inconveniente de ficar em hotel é que conhecer pessoas se torna uma tarefa muito mais difícil e, para um viajante solitário, amigos fazem toda a diferença, tornando a viagem muito mais agradável. Fora esse inconveniente, ter um quarto confortável, um banheiro e serviço de quarto, tudo isso só para mim, é um luxo e um mimo que de vez em quando faz muito bem.


Minha próxima parada mais longa será no Nepal. Até lá ainda tenho cerca de 30 dias para passear pelo sudeste asiático; ainda não decidi se vou ou não à Tailândia.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Dia 69 - Um passeio por Bali

Praia em Nusa Dua
Escolhi a região de Nusa Dua, que fica afastada dos surfistas e da confusão que é Kuta, a praia mais famosa e badalada de Bali. Me arrependi. Acaba que, terei que pegar taxi sempre que quiser ver um pouco mais de movimento.

Indonésia é predominantemente Hindu e duas vezes ao dia são feitas oferendas aos deuses. Dentro dos “potinhos” feitos de folhas, são colocadas flores, ervas, incenso e um pouco de comida. Os que ficam em altares, são especialmente para Shiva e os do chão, para diversos outros deuses. O único problema que vejo nesse ritual, é que, fisicamente, apenas as pragas urbanas se alimentam dessas oferendas, que além de serem feitas nas casas, pelas ruas é possível ver centenas de ofertas.

Oferendas para Shiva
Dei uma volta pela região e depois fui conhecer Kuta. Um taxi daqui até lá da cerca de IDR100.000, BRL20, e gasta uns 20 minutos até chegar lá. A praia é realmente infestada de surfistas, além de vendedores de tour, bebidas, cadeiras, chapéus, viagra, maconha e tudo mais que você quiser. Só comprei mesmo um short de banho, já que eu não tinha nenhum e ninguém por aqui usa sunga.

Oferenda para os deuses
Transporte público é inexistente e as pessoas utilizam carros, motos e taxis para se locomover. Estou pensando em alugar uma moto, mas o trânsito daqui é meio doido, as distâncias não são tão curtas, o mapa da cidade mais parece um labirinto e não existe uma avenida beira mar, para se utilizar de referência.


Inglês é extremamente difundido e, nem que seja um pouquinho, todos falam inglês, o que ajuda demais, além do alfabeto ser igual ao nosso, então temos plena condição de ler, mesmo sem entender. As pessoas são super amistosas e agradáveis, mas um viajante experiente tem que ser sempre desconfiado, porque não existe almoço grátis e se bobear, vão te extorquir. Esse julgamento pode até soar um pouco rude e preconceituoso, mas depois de ouvir centenas de casos de colegas, e até mesmo de experiências próprias, a gentileza de desconhecidos pode selar o seu destino. (eu precisava escrever esse final dramático!)

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Dia 68 - Pedro, Brasil

Cheguei em Jacarta 13:00, agora estou apenas 10 horas à frente do Brasil, e já comecei a vivenciar coisas novas, outras, nem tanto.
O visto aqui é tirado na chegada e é cobrada uma taxa de USD25 ou IDR300.000. Depois de pagar, peguei o visto e entrei na Indonésia.

Saindo da área de retirada de bagagem, o aeroporto simplesmente te joga para o lado de fora, onde as pessoas ficam esperando sentadas no chão. Não entendi nada e, como tinha um voo que me levaria para Bali, voltei e entrei no aeroporto. Um senhor veio até a mim, com um inglês ininteligível, e me explicou que para o meu próximo voo, eu teria que trocar de terminal e ele me levaria lá por IDR150, BRL0,03. Achei muito esquisito, mas entrei na van. Antes de sairmos entreguei o dinheiro e ele disse, que eram IDR150.000, BRL30. O sacana estava querendo me explorar, e aí, saí correndo da van e voltei para o aeroporto, onde descobri que tem um ônibus que leva de graça para o terminal que eu precisava ir. É muita gente querendo ganhar dinheiro fácil.

Enquanto esperava, assisti a alguns episódios de Modern Family que eu tinha baixado. O mais interessante é que eu me senti como se estivesse em casa e, quando parei de ver, voltei ao mundo real e lembrei que estava em um aeroporto na Indonésia.


Cheguei em Bali e, ao desembarcar, vi a plaquinha “Pedro, Brasil”. Nunca me senti tão seguro e confortável, já que sempre tive que me virar para chegar as minhas hospedagens, mas, dessa vez, havia agendado uma van para me buscar.  O pessoal foi extremamente educado e cordial, e me levaram para o meu hotel, onde terei 6 noites em um quarto só meu, em meio a praias paradisíacas. Férias!

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Dia 67 - Pura jogatina

Vista da cidade, ao fundo,
Grand Lisboa
Decidido a ir para Macau, que fica a 1 hora de ferry de Hong Kong, parti. Fui acompanhado por um médico canadense que está passando férias por essas bandas, e estamos no mesmo hostel.
Macau é mais uma dessas confusões chinesas, pois pertenceu à Coroa Portuguesa até a década de 70. Todas as placas são em cantonês e português, mas ninguém por lá fala português ou sequer aparenta ter uma descendência lusitana – tava era na China mesmo.

Ficamos questionando a total incompetência portuguesa. Como um país que já teve tantas colônias, em tantos lugares do mundo, pode estar na situação que está hoje. Eram ótimos navegadores e exploradores, mas de uma burrice política primorosa!
Prédios antigos

Igreja da Sé
Chacotas à parte, Macau é única. Ao mesmo tempo que tem cassinos do outro mundo, tem dezenas de construções da época de Portugal, ruas apertadíssimas com prédios corroídos pela maresia, igrejas coloniais e até mesmo um forte no alto de uma montanha, com canhões e uma vista 360° da cidade.

Naquele calor agradável de 32°C, na sombra, andamos e mais uma vez utilizei meu chapéu de vovô, que comprei no Peru. Ele é feio, mas vem sendo um fiel companheiro nesse sol escaldante que venho enfrentando.
Centro colonial

Depois de explorar, fomos almoçar em um restaurante famoso, onde não nos deixaram entrar, porque não estávamos vestidos apropriadamente... Naquele clima queriam que estivéssemos de paletó? O canadense ficou enlouquecido de raiva! Resolvemos então, ir almoçar no cassino Grand Lisboa, que fica em um prédio dourado, gigantesco e com design bem diferente. O interior do lugar é de um luxo incrível, onde tudo brilha como ouro e pedras preciosas. Almoçamos e Asher, o canadense, resolveu jogar blackjack. A aposta mínima era HKD500, BRL150, e sentamos na mesa. Ele ganhou uma e levantou, mas como sou ganancioso, ganhei uma e continuei jogando. Ele saiu 500 positivo e eu fiquei no zero a zero, mas foi muito mais emocionante.

Jóquei Clube de Hong Kong
Voltamos para o hostel, pois combinamos de ir para uma corrida de cavalos que acontece semanalmente no jóquei clube de Hong Kong. Em meio ao calor infernal, nem de noite refresca, assistimos algumas corridas, perdemos HKD100 em apostas, mas nos divertimos bastante.

Hora de voltar para o hostel, arrumar as malas e programar o despertador para mais um voo. Bali, aí vou eu!

terça-feira, 27 de maio de 2014

Dia 66 - Fila na loja da Chanel

Senhora praticando
Kung Fu
Um coreano que está no meu quarto roncava tanto, mas tanto, que até com o protetor de ouvido, o infeliz me atrapalhava.

Barulhos a parte, fui tomar café da manhã nas redondezas, às 08:00, e após andar menos de dois quarteirões, eu já estava suando. Comi rapidamente e resolvi voltar para o hostel, passando por um pequeno parque. Lá, vi dezenas de senhores e senhoras, praticando kung fu. Me impressionei com a agilidade e força deles.

Em uma cidade como Hong Kong, ar condicionado não é item de luxo, mas uma necessidade básica. Calor com umidade, é a receita para parecer que estamos mais perto do sol. Fico imaginando no sudeste asiático, para onde irei em poucos dias. Vou morrer.

Vista para a ilha em Hong Kong
No hostel conheci um equatoriano que montou uma empresa de trading que importa tablets de baixo custo para o Equador. Ele vem frequentemente a China para reuniões e verificar de perto a qualidade do produto, já que é muito mais barato ele vir, do que mandar umdis lote inteiro de eletrônicos de volta. Além de conversarmos sobre o ponto de vista do negócio, o aspecto social também é extremamente importante. Equador é um país pobre, onde um ipad custa muito caro, inviabilizando que a maior parte da população tenha acesso às novidades do mundo tecnológico. Almoçamos e percebi que em vários restaurantes, garfo e faca são mais comuns que os “palitinhos”. Esse é o nível de ocidentalização de Hong Kong.

Um cão enorme
A caminho do restaurante que ia jantar, passei por mais uma dúzia de lojas de luxo e na porta da loja da Chanel, que mais parece um shopping, tinha fila para entrar. Esse lugar é mesmo muito doido. Escolhi um restaurante de massas, e, por acaso, sentei ao lado de um casal de Australianos. Estavam comemorando o aniversário de 70 anos da esposa e ficamos conversando por umas 2 horas. Por essas bandas, onde ocidentais são a minoria, quando ficamos próximos a um, nos sentimos extremamente confortáveis, já que temos os mesmos costumes e mesmo raciocínio. Consigo entender um pouco melhor, porque chineses, japoneses e asiáticos de modo geral, se aglomeram quando estão no exterior. São dois mundos muito distintos.




Saí do restaurante e fui apreciar a vista da ilha de Hong Kong, de novo, já que ela é espetacular com suas luzes e cores. Tomei um sorvete e assisti aquele espetáculo, pensando o quanto sou afortunado, de poder desfrutar daquilo tudo.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Dia 65 - Hong Kong 40°

Vista do mar
Depois de 11 dias em Beijing, entre templos e poluição, precisava respirar novos ares. Sair do aeroporto de Hong Kong já foi um susto, com um calor insuportável, que te faz suar constantemente, mesmo estando parado.


Apesar do calor, consegui aproveitar um pouco da cidade, que é extremamente limpa, organizada, as pessoas falam inglês, há prédios incríveis e altíssimos. A cidade é tão verticalizada, que até os ônibus tem dois andares, afinal, não há muito espaço para construção aqui. Hong Kong se divide em uma parte no continente e o restante em uma ilha, há 10 minutos de distância. Nessa ilha que está o centro financeiro com prédios extravagantes e mais modernos que os das nossas cidades ocidentais.

Centro financeiro

No continente, há uma quantidade imensa de joalherias, com peças que chegam a USD400.000, expostas na vitrine. Todas as marcas de luxo estão aqui. Seja em relógios e joias, carros, apartamentos incríveis, grifes caríssimas. Passei por uma loja da Rolls Royce, depois McLaren, um shopping inteiro Armani, outro Louis Vuitton, Gucci, Patek Philippe... Aqui é onde os chineses endinheirados moram, ou vem torrar alguns milhares de dólares.

Vista panorâmica
Hong Kong pertenceu à China no passado, depois ao Reino Unido, até 1997, por 99 anos, e voltou a pertencer à China. Conversando com os locais sobre isso, os únicos motivos para essa dependência política é que Hong Kong é muito pequena e não tem um exército próprio. Apesar disso, tem moeda própria, as regras de fronteira são diferentes da Chinesa (não é preciso de visto para Hong Kong) e até dirigem do lado errado, herança maldita do governo britânico.

Peguei um barco e atravessei para a ilha, onde a maioria dos arranha-céus estão. De lá, subi para um pico, de onde é possível ter a visão panorâmica de toda a cidade. Subi no fim da tarde, para poder ver a cidade iluminada e tirar umas fotos. Na véspera do início da minha jornada, ganhei um livro do meu pai com dicas de fotografia de fotógrafos da National Geographic. Um dos macetes é, “as melhores fotos noturnas, não são tiradas de noite, e sim quando ainda há um pouco de luz”. Apliquei e deu certo!

Vista noturna

A cidade é linda e fica mais bonita ainda de noite. A única ressalva é o calor absurdo.


Na volta para o continente peguei o barco errado... A travessia que era para durar 10 minutos, durou 2:10. 1 hora para ir a uma ilha remota, 1 hora para voltar e 10 minutos para pegar o caminho que eu realmente deveria ter feito. Fui ajudado por um senhor, que falava praticamente nada de inglês, mas o suficiente para me explicar o que fazer. Já estava cansado, e cheguei mais cansado ainda para dormir.

domingo, 25 de maio de 2014

Dia 64 - Apesar do autoritarismo...

Mais um daqueles dias que antecede a próxima viagem, onde eu tenho que reorganizar a mala, checar horários de voo, terminal de embarque, já que o aeroporto de Beijing é absurdamente imenso, hospedagem no destino, como chegar até o hostel... Só coisinha chata, mas extremamente necessária, para tentar evitar surpresas.
Bicicleta híbrida, com motor elétrico

Apesar disso, ainda tive tempo para continuar minha pesquisa de campo nas ruas de Beijing. Bicicletas são o principal meio de transporte individual, sendo que algumas, contam com um reforço que é um motor elétrico, para ajudar em longas distâncias. Pequenos veículos elétricos são extremamente populares na capital, o que me parece bem sensato, já tem poluição demais no ar. Até pensei que essa seria uma solução para as bicicletas na montanhosa BH. Nas subidas mais íngremes, contaríamos com o reforço de um motor elétrico.


Mesmo sendo um país considerado autoritário, as regras por aqui são bem tranquilas. Pedestres atravessam por todos os lados das ruas, em meio aos carros, que por sua vez, não respeitam faixas e buzinam a todo instante. Os taxistas dirigem feito uns malucos, ziguezagueando pelas ruas. Para evitar essa confusão de pedestres, há cercas por todos os lados das ruas, e passagens subterrâneas são bem populares, mas onde não há nada disso, caos.
Motos, bicicletas, scooters fazem o que bem entendem e não respeitam as regras de transito, nem do bom senso, utilizando passeio, contramão e ignorando sinais de trânsito.

No metrô, as pessoas que querem embarcar, não esperam os outros saírem, então é um empurra-empurra e, muitas vezes, é necessária uma certa brutalidade para embarcar e desembarcar.
Fumar é um hábito tão comum, de jovens a senhores, que apenas em aeroportos, estações de metrô e aviões, não é permitido fumar. Qualquer outro ambiente fechado é permitido o fumo e, caso tenha alguma placa falando que é proibido, as pessoas simplesmente ignoram. Diversas vezes fiquei extremamente incomodado com o fumacê em lugares fechados, principalmente durante refeições. Outros hábitos que considero bem peculiares é que no calor, os homens levantam suas camisas e ficam com as barrigas expostas, para refrescarem. A posição de cócoras é a preferida entre todas as pessoas para descansarem, então é possível ver muitos, dessa forma nos passeios.


Voltei para o hostel e os americanos que estavam no meu quarto foram embora e substituídos por um outro americano, extremamente desagradável. Ele reclamava da internet, das pessoas que não falam inglês e ainda era um folgado. Ele sabia que eu tinha que acordar cedo no dia seguinte e ficava acendendo a luz, fazendo mil barulhos, falando sozinho...  Incrível a total falta de respeito pelo outro!

sábado, 24 de maio de 2014

Dia 63 - Live to feel alive

Sessenta e três dias na estrada! Nesse curto período eu já vi e passei por tantas coisas.  Conheci pessoas incríveis, lugares espetaculares, cidades intrigantes, costumes absolutamente diferentes.

O blog que começou relativamente despretensioso já tem 43 páginas que descrevem praticamente todas as coisas que vivi, mas nada como vivê-las. As vezes passo por lugares e fico pensando se algum dia eu voltarei lá e, como não é uma viagem muito corriqueira, acabo vendo tudo como se fosse a última vez. Quantas pessoas já passaram por mim nesses 20 hostels que me hospedei? Por quantos futuros artistas, esportistas e gênios eu já cruzei pelas ruas? Em quantas fotos de desconhecidos eu estou? Ocorreu um fato muito interessante aqui no hostel que um holandês tirou uma foto em uma determinada atração, em Beijing, e ao fundo, é possível ver duas mulheres, que estão hospedadas aqui conosco e, quando a foto foi tirada, ele não as conhecia.

Engraçado que quando conto a pessoas sobre a minha viagem, muitas ficam maravilhadas e, para mim, é apenas a vida que escolhi levar pelos próximos meses. Sem querer ser pretencioso, já sendo, tenho certeza que fiz muitos refletirem sobre suas prioridades. Lembro de uma americana, que conheci no Peru, que ficou se questionando, enquanto eu contava minha história. 

Meus amigos, no geral, estão todos insatisfeitos ou no mínimo desconfortáveis, seja por questão de salário, cargo, excesso de trabalho, falta de trabalho. A frustração é geral, então fico me perguntado se o problema é lá ou cá. Nunca ficaremos 20 anos na mesma empresa, a rotina nos deixa entediados rapidamente, sempre achamos que ganhamos menos que merecemos, queremos ascender mais rápido que damos conta e, quando isso não acontece, é porque faltou meritocracia. Fomos tão acostumados a sempre receber elogios e aplausos, por qualquer mérito, mesmo que mínimo, mas a verdade é que não somos tão bom quanto pensamos. Certa vez li um artigo sobre isso, que um professor, na formatura do ensino médio dos alunos, fez um discurso abordando que todos os estudantes ali eram normais, ninguém era mais especial, nem melhor que ninguém. Esse discurso gerou um alvoroço entre os pais e até mesmo na imprensa, já que todos concordavam e entendiam o que o professor tinha dito, mas tinham receio em dizer.

Nossa geração assistiu a transição da Enciclopédia Barsa, para o Altavista, Cadê, Google e, de uma hora para outra, fomos bombardeados por uma quantidade imensa de informações que ampliou nossos horizontes. Saber o tamanho do nosso mundão, e simplesmente viver uma vida “normal”, não dá mais, a não ser para as exceções.


Eu não quero meu lugar ao sol, mas sim, um lugar ao sol, na neve, à sombra de uma palmeira, num mergulho com tubarões... Vivenciando que nos sentimos realmente vivos, afinal, “a vida não é medida pela quantidade de vezes que respiramos, mas pelos momentos que nos fazem perder o fôlego” – Vicki Corona, 1989.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Dia 62 - A Grande Muralha da China

Teleférico
Depois do meu despertador falhar tantas vezes, não fico confortável em depender dele, e como eu teria que estar na recepção as 07:00, fiquei acordando várias vezes, preocupado com o horário e acabei percebendo que aqui amanhece muito cedo. 04:50 estava muito claro, nunca tinha percebido isso. Quanto às falhas do despertador, foram todas humanas, mas de qualquer forma, não confio nele.

O passeio não foi muito barato, CNY260, mas era a maneira mais fácil de fazer tudo e incluía café da manhã e almoço.

A Grande Muralha da China
Após 1:30h chegamos à Muralha. São mais de 6.000 Km no total de muralha e só foi invadia uma vez, há 800 anos, pelos mongóis, liderados por Átila. Na região de Beijing são 600Km no total.
Há duas opções de subir até o topo, já que, como se não bastasse um muro enorme, para chegar até a lá, teria que subir uma montanha, ou usar o teleférico para subir e um tobogã para descer, sim, um tobogã.
Subi de teleférico, para economizar um pouco de energia, e comecei a longa caminhada. Alguns trechos parece que se está escalando uma parede, de tão íngremes que são e os degraus são muito irregulares. Caminhamos até a torre número 1 e de lá pulamos uma janela e fomos para a área “proibida”, onde ela não está restaurada e nem acontecem manutenções. De lá era possível ter uma bela vista, e o melhor, sem turistas.
A Grande Muralha da China

Voltamos (estou usando plural, porque, dessa vez, estava com uns indianos do hostel) para o ponto inicial e decidi ficar por lá, apenas curtindo a vista, ao invés de andar naquele calor insuportável de 12:00.
Desci no tobogã e foi extremamente divertido! É um carrinho, semelhante ao de rolimã, onde você vai descendo por cerca de três minutos. Tentei bater o recorde da pista, como se tivesse algum cronômetro, mas uma pessoa extremamente lerda, que estava na minha frente, impediu.
Tobogã

Voltei para a cidade e dormi tanto no ônibus que fiquei com o pescoço doendo. Imagino a cena, eu lá, desfalecido no ônibus.

Voltei para o hostel e teve uma noite de frituras. Eles são obcecados com frituras e nos ensinaram a fazer e cozinhamos(fritamos) de graça.

Estou extremamente preocupado com minha ida à Tailândia. O exército tomou o poder, há um toque de recolher entre 22:00 e 05:00, o Primeiro Ministro foi convidado a se apresentar para as forças armadas. Vou ligar para a Embaixada do Brasil em Bangkok e tentar descobrir como está a situação real, já que notícias precisam ser vendidas.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Dia 61 - 798 Art Zone

798 Art Zone - grafites
Primeira e mais importante atividade do dia: buscar meu passaporte no consulado vietnamita. Tudo certo, visto colado no passaporte, hora de começar o dia.

798 Art Zone - grafites
Há uma região muito famosa em Beijing chamada 798 Art Zone (Zona de Arte), que foi uma fábrica de eletrônicos da Alemanha Oriental, aberta em 1957, como um plano de unificação socialista. A fábrica funcionou até o fim da década de 80 e com o fim da Alemanha socialista, ela foi abandonada. A partir daí, artistas foram se mudando aos poucos para a região e utilizando os enormes galpões, sendo o principal com 1.000 m² e 9 metros de altura, que atualmente é utilizado como espaço para eventos.
798 Art Zone - máquinas utilizadas
na época da fábrica
Chegar lá foi uma aventura, porque o metrô não vai perto e tive que pegar um ônibus. Depois de 13 estações e pessoas me olhando o tempo todo, cheguei. Por aqui as pessoas não tem o menor pudor em ficar olhando para você, então já acostumei.

Black Disc Coffee -
Milkshake de manga
Galerias com pinturas, fotografias, lojas com souvenires e itens de extremo bom gosto, cafés, restaurantes, e uma quantidade enorme de grafites espalhados pelas paredes Conheci uma Beijing totalmente diferente dos templos e da confusão do centro.
Parei em uma loja de discos, Black Disc Coffee, que tem um bar super bacana no fundo. Tomei um milkshake de manga memorável e ainda me deram uma torta de abóbora para provar. 

O único desconforto foi o calor, alguns termômetros marcavam 35°C. Esse foi o melhor passeio que fiz até então, e com o auxílio do aplicativo do Tripadvisor, que baixei de graça no meu celular, fui vendo as coisas e entendendo.
Algumas máquinas oriundas da época das fábricas, ainda estão por lá e há, inclusive, uma ferrovia desativada. Me chamou muito a atenção que foi tudo muito bem pensado para a construção das fábricas, até mesmo a logística. Isso foi há 60 anos e o Brasil, no século 21 ainda depende de transporte rodoviário, uma pena.

798 Art Zone - grafites
Saí de lá e fui passear em uns shoppings, já que eu não conhecia nenhum ainda. Não vejo muita graça em produtos falsificados, igual aos americanos que estão no meu quarto que compraram óculos, fones de ouvido, relógios. Prefiro um objeto original, que esteja com preço razoável, mas não foi isso que encontrei por lá. Tudo extremamente caro, ou com preços que não compensam. 


Agendei o tour para conhecer a Muralha da China amanhã, e já fiquei sabendo que é bem cansativo, mas vir a China e não ver a Muralha...

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Dia 60 - Bonito ou bobo?

Entrada da Cidade Proibida
Um indiano que está aqui no hostel teve problemas com dinheiro falso. Ele sacou CNY1000 e 500 eram falsos. Suspeitamos que não foi o banco que deu notas falsas, pois seria algo inacreditável, mas que alguém pegou a carteira dele e trocou o dinheiro sem que ele percebesse. Parece teoria da conspiração, mas em grandes cidades europeias os "pickpockets" pegam sua carteira do bolso ou bolsa, tiram o dinheiro e a colocam de volta no mesmo lugar. De qualquer forma, foi uma situação muito desagradável, ele teve um prejuízo de CNY500 e fica mais uma lição.

Leão com a pata sobre um filhote
Acordei cedo e fui à Cidade Proibida, que leva esse nome, por ter ficado fechada para pessoas comuns, apenas o imperador e suas concubinas tinham pleno acesso, por mais de 500 anos.

Nunca vi uma atração turística tão, mas tão cheia. Fiquei mais impressionado com as multidões se debatendo para tirar fotos, do que com a imensidão da cidade. Caminhei por umas 2 horas, em um sol muito quente, até que desisti de continuar e tentei, sem sucesso, sair de lá. A entrada é super bem sinalizada, mas se você decide não fazer o caminho completo, tem que descobrir como sair, já que não há placas, nem informações turísticas, pelo menos, em inglês. 
Leão com a pata sobre uma esfera

Em um dos portões há dois leões de bronze, cada um com a pata sobre uma bola, para demonstrar o poder do imperador e o outro com a pata sobre um filhote, para mostrar a linhagem. O que mais me chamou atenção foi as pessoas se matando para tentar tirar algumas fotos, principalemnte de alguns tronos, que nem eram tão impressionantes assim e estavam no interior dos templos. Assumo não ter curtido muito a cidade, pelo tamanho (é realmente uma cidade), calor intenso e quantidade de pessoas.
Cidade Proibida - Multidão

Finalmente tive uma boa experiência com comida chinesa. Depois de dias comendo sanduíches e saladas, almocei em um restaurante chinês, ao lado da estação Qianmen. O cardápio tinha fotos enormes e o nome do prato em inglês, o que facilitou muito. Pedi uma sopa de macarrão com carne, polvo à milanesa e suco de manga.
Almoço formidável

Algo que me deixou impressionado essa manhã, foi o fato de ser parado 3 vezes por diferentes garotas que vinham com aquele papo de “de onde você é?”, “o que está fazendo por aqui”, “meu primo morou no Brasil”, tudo parte do golpe. Em três horas, fui parado três vezes! Ou sou muito bonito, ou tenho muita cara de bobo. O pior é que elas tinham boa aparência, falavam um inglês razoável e usariam todos esses atributos para arrancar o máximo possível de dinheiro de mim. Muito desagradável.

Descobri que há uma maneira, relativamente fácil, de remover o bloqueio às redes sociais ocidentais. E estou atualizando o blog todo. A internet é lenta, então está demorando bastante para fazer o upload das fotos, mas vou atualizando aos poucos.

Como já tinha comentado, a cada 30 dias vou atualizando alguns números da viagem.

Números da Viagem
Países visitados
6
Viagens de ônibus
9
Cidades visitadas
21
Hostels visitados
20
Quantidade de decolagens
9

terça-feira, 20 de maio de 2014

Dia 59 - Choque cultural

Qianmen Street
Estava demorando um pouco para escrever sobre Beijing como um todo e minhas percepções, para tentar ter um pouco mais de certeza do que estava realmente acontecendo.
A cidade é bem segura, com detector de metais e raio-x em quase todas as estações de metrô, portas na maioria das plataformas, impedindo que alguém caia nos trilhos, as pessoas, de modo geral, amáveis e, se elas falam pelo menos um pouco de inglês, tentam ao máximo te ajudar. Há sinais em inglês por todos os lados, então é relativamente utilizar o metrô, que conecta a maioria dos pontos turísticos. Os chineses parecem mais relaxados que os japoneses, pois praticamente não vi ninguém de terno, enquanto que no Japão, era uniforme.

Pequenas lojas em Qianmen Street
Por outro lado, a cidade é imunda, com uma camada de poluição tão grossa no céu, que não é possível vê-lo, mesmo em um dia ensolarado. O ar é seco e queima um pouco os olhos, lábios e garganta. Os hábitos higiênicos são extremamente questionáveis, já que as pessoas cospem o tempo inteiro, tossem sem colocar a mão na boca e, as crianças pequenas, tem aberturas nas calças, de modo que quando precisam ir ao banheiro, agacham e fazem o que tiverem que fazer ali mesmo, no chão.

Fui à embaixada do Vietnam, que fica numa região com dezenas de outras embaixadas. Rússia, Egito, Bangladesh, Colômbia, Estados Unidos, Inglaterra foram apenas algumas que vi e me recordo. Me atenderam extremamente bem, super rápido e após pagar CNY560 +-BRL215, sendo CNY100 pela taxa de urgência, recebi o protocolo e busco o passaporte em dois dias. Simples e rápido.
Parque Aquático
Conversando com um brasileiro que conheci no Japão, que agora está no sudeste asiático, meus próximos destinos, fiquei sabendo que roubaram USD300 da mochila dele, provavelmente dentro do ônibus de viagem. Cuidado redobrado agora!

Uma decisão que tomei nos últimos dias, foi tirar umas férias. Pode parecer loucura, mas estou cansado de viajar. Ficarei em Bali, na Indonésia, por 1 semana, na praia, passeando pela ilha de scooter. Essa correria de aeroporto, trem, ônibus, taxi, patinete, carroça, cansa demais.

Ninho de Ouro
O ponto alto do dia foi a visita que fiz a uma região famosa chamada Qianmen Street, onde há várias lojinhas, barracas, restaurantes e quinquilharias chinesas. O mais interessante de lá são os prédios onde as lojas ficam situadas, a grande maioria, construções históricas e muito detalhadas.


Ninho de Ouro



De lá, parti para o Olympic Park, que sediou os Jogos Olímpicos de 2008. Lá estão localizados os famosos Ninho de Ouro, estádio da abertura e fechamento dos Jogos, e o Parque Aquático, que parece um cubo d’água. Propositalmente cheguei lá a noite e pude apreciar toda a iluminação, estreando meu tripé chinês.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Dia 58 - Karaokê individual

Temple of Heaven
No meu quarto tinham dois franceses que estão fazendo intercâmbio em Shangai e resolvi acompanha-los no tour que tinham programado. A velocidade com que as amizades começam é impressionante. No fim do dia já estávamos combinando de encontrar em Paris para tomar cerveja.

Um deles caiu no famoso golpe do chá, aqui em Beijing. Uma pessoa vem conversar com você, sem razão aparente, e pergunta de onde você é, o que está fazendo na China, se está gostando e todo o tipo de pergunta sobre a viagem/você. No fim da conversa te convida para tomar uma bebida, no caso dele foi chá. O chá era bom, ele resolveu comprar uma caixinha e aí chegou a conta CNY700, +- BRL300, por um chá!! Esse golpe é extremamente comum e vários turistas desavisados caem nessa. Fica o aviso.

Temple of Heaven
Fomos ao Temple of Heaven que é um marco em Beijing, devido a bela arquitetura dos templos. Andamos por cerca de uma hora (tudo aqui é grande, então qualquer visita, por mais rápida, demora uma, duas horas) e depois fomos aos Pearl Market (Mercado das Pérolas), famoso por ter um andar inteiro dedicado à venda dessas pedras. Se todas são verdadeiras, eu nunca vou saber, mas tinha muita coisa bonita. Nos demais andares era possível encontrar todo tipo de falsificação possível, tênis, óculos, roupas, câmeras digitais, celulares, relógios, tudo falsificado. Comprei um tripé pequeno para a minha câmera, já que faz muita falta em fotos noturnas.

Antiguidades
Como meus amigos franceses iam embora naquela mesma tarde, estavam querendo comprar uns souvenires/antiguidades, em um mercado de antiguidades, muita coisa bonita e de bom gosto, mas para quem ainda tem dezenas de outros destinos, evito comprar coisas pesadas ou que não tenham utilidade real durante a viagem – abro exceção para baralho, já que coleciono.
Voltei para o hostel e saí com a turma para um Karaokê, pois era o último dia da Carol, antes dela se mudar para Beijing. Chegando ao Karaokê tivemos a enorme surpresa que, aqui, cada grupo de amigos fica em uma sala fechada com TV, caixas de som e microfones, para cantar apenas entre os amigos. O barato do karaokê é cantar na frente de desconhecidos, e aqui é extremamente reservado – que tédio. Acabamos não ficando lá e fomos para uns bares comuns mesmo.

Algo extremamente desagradável aconteceu no taxi, na volta. Combinamos com o taxista que a corrida custaria CNY17 e no fim das contas ele quis cobrar CNY70, um absurdo. Não aceitamos e ele começou a gritar igual a um maluco conosco, obviamente em chinês, devolveu os CNY17 e mandou descermos do carro. Entramos no hostel, mas ficamos com medo dele aparecer novamente, ou tentar fazer alguma maldade chinesa, vai saber...



Estava quase me esquecendo que preciso tirar ainda o visto do Vietnam, então peguei o endereço da embaixada e vou lá tentar resolver isso. Antes de viajar, tirei várias fotos 3x4 e de passaporte, para os vistos que eu precisarei tirar durante minha jornada, pois alguns, você tira no momento da chegada, seja no aeroporto, seja por terra, na fronteira.

domingo, 18 de maio de 2014

Dia 57 - Turbilhão de experiências

Resolvi pegar leve no dia, já que ficarei 11 dias na região de Beijing, então terei relativamente bastante tempo por aqui. Fui almoçar com dois americanos que conheci ontem e um deles está morando aqui há 10 meses, estudando chinês.

Vegetais Frescos
Passamos em um restaurante que serve carne de burro, sim o animal. Achamos um pouco demais e fomos a um outro lugar que tinha uma boa aparência. Queria comer algo leve, e pedi vegetais mistos. Chegou uma vasilha, com 3 tipos de cogumelos, pepino, algumas coisas que eu não sei, um ovo preto fermentado, muitos amendoins, e tudo isso mergulhado em um molho que parecia vinagre com shoyo. Comi 1/10 daquela esquisitice.

Palácio de Verão
Ainda estou um pouco fechado nos hábitos, comida, e cultura ocidentais, mas aos poucos estou tentando julgar menos e aproveitar mais. Afinal, não tenho alternativa e isso tudo faz parte da viagem.
Na parte da tarde fomos ao Palácio de Verão, que na verdade é um parque imenso com três lagos no interior a várias construções. No meio do passeio fomos interrompidos por um grande grupo de senhores que pediram para tirar fotos conosco, normal.


Enquanto conversávamos, descobri que aqui, o Facebook, Twitter, Youtube, Blog e outros sites são bloqueados pelo governo. Essa é uma maneira extremamente eficaz de evitar que notícias e novidades se espalhem com velocidade viral pelo mundo, já que essas ferramentas são extremamente poderosas. 

sábado, 17 de maio de 2014

Dia 56 - A luta diária de cada dia

Acordei e fui direto para o banho, 05:00, conforme me planejei, e estava cheio de japas! 05:00 da manhã!! Indignado, tomei meu banho, extremamente desconfortável e fui para o aeroporto.

Sobrevoando Beijing, já achei uma semelhança com Tóquio. O céu tem uma camada grossa de poluição, de forma que em um dia ensolarado, ele não é azul, e sim cinza.

Aos poucos já fui sendo bombardeado por enormes diferenças dos últimos lugares que estive. O ônibus que me levou do aeroporto para o centro era velho e desconfortável, Beijing é suja, mas muito suja, pessoas vendendo de tudo nas ruas, trânsito confuso. Me lembrei da região central de São Paulo, próxima à 25 de Março – caos.

O ônibus me deixou na estação central de trem e de lá peguei um taxi para ir ao hostel, já que estava cansado e aqui tudo é barato. Mostrei o endereço para o taxista e partimos, até que ele parou em um lugar, que não era o meu destino e tentei, insistentemente falar com ele que não era lá, mas como não conseguíamos nos comunicar, pedi para ele me deixar em uma estação de metrô (ainda bem que eu tinha um mapa do metrô) e de lá eu me virava. Desci irritadíssimo, porque ele tinha me passado a perna e só ficou rodando de taxi comigo. A corrida deu CNY30 +-BRL11. Sorte a minha que os chineses, no geral, são super amigáveis e uma jovem me ajudou a chegar no meu destino, que era a uma quadra de onde o taxista ia me deixar...


Em Beijing, existem várias vielas chamadas Hutong, onde um carro passa com certa dificuldade, e meu hostel era exatamente em uma dessas vielas, por isso o taxista não me trouxe até a porta.
Tomei algumas cervejas, no hostel mesmo, e conheci um pessoal bem legal, entre eles uma carioca que faz mestrado em Dubai.

Recebi o e-mail com os detalhes das minhas 8 semanas no Nepal. Darei aulas de inglês para crianças, em uma cidade há 80Km de Kathmandu. Terei 1 semana de imersão na cultura nepalesa, mas já recebi uma cartilha com explicações dos costumes, língua e religião.
 
 
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