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domingo, 31 de agosto de 2014

Dia 163 - Amman

Perna de cordeiro com "vegetais"
Amman é uma cidade interessante. A frota de Mercedes aqui, é a maior que já vi, com carros de todas as eras, desde anos 70 até os últimos modelos. Deve ser uma forma de status, pois os outros carros alemães não são muito populares.

Em várias esquinas é possível ver barracas de sucos naturais e caldo de cana, extremamente populares. O tal “churrasco grego”, kebab, também é muito popular, normalmente feito de carne de cordeiro ou frango. As pessoas por aqui são extremamente carnívoras e são raras refeições que eles não comem carne, só no falafel mesmo.

Tive a experiência de passar na porta de alguns açougues, que são muito limpos, mas um pouco macabros, com vitrines que expõe os restos dos animais, como cabeças e vísceras. Show de horror, mas comparando com os açougues indianos e nepaleses, onde tudo ficava exposto, num calor desgraçado, sem refrigeração, com milhares de moscas por perto, aqui é paraíso.

Uma das coisas que mais me impressiona é como tem pessoas que se parecem, fisicamente, com brasileiros. Vi isso na Índia e agora, aqui. Outro dia vi um cara na rua que parecia tanto, mas tanto com brasileiro, que quase puxei papo com ele.

A parte boa do dia é que o australiano que tinha ido comigo para Petra, voltou para Amman, então ficamos conversando e fomos almoçar em um famoso restaurante, chamado Jerusalem. Comi um cordeiro deliciososo com legumes.

sábado, 30 de agosto de 2014

Dia 162 - AirBnb

Com o novo rumo que a viagem tomará, passei cerca de 12 horas em frente ao computador fazendo reservas em hospedagens, comprando passagens de trem, avião, ônibus e verificando a viabilidade de alugar um carro.

O mais importante são as hospedagens, pois podemos estar na cidade mais incrível do mundo, mas, se ao final do dia, não tivermos um ligar limpo e agradável para descansar, o passeio se torna menos prazeroso. É sempre bom poder ter um porto seguro.

Uma novidade que resolvi usar é o Airbnb, website de aluguéis de imóveis ou quartos, por temporada ou curtos períodos. Sempre ouvi falar nesse serviço, mas nunca tive a necessidade de utilizá-lo.
Pesquisei por horas, lendo reviews de outros hóspedes, além das características dos imóveis, até decidir exatamente, onde ficaremos hospedados. Acho que fiz boas escolhas, e mais para frente conto a experiência.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Dia 161 - Nadando no Mar Morto

Moda praia  - Mar Morto
Para preencher o excesso de dias que tenho por aqui, estou fazendo alguns tours pela Jordânia, de maneira esparsa, para fazer render; tipo colocar mais água no feijão.

Fui com um casal de italianos, na faixa dos 50 anos, divertidíssimo, já que tinham um humor bem sarcástico, semelhante ao meu. A primeira parada foi no mar morto, onde, para entrar, tivemos que pagar uma taxa de JOD20, BRL65, para ter acesso à praia e ao clube onde poderíamos usar as piscinas e tomar banho. Caro, como tudo relacionado ao turismo, aqui na Jordânia. A sensação de boiar, independente do esforço que se faça, é muito estranha. A água tem um sabor terrivelmente amargo e salgado, de forma que se uma gota caísse nos meus olhos, seria bem desagradável.

St. George's Church

O que mais me espantou, foi ver as mulheres muçulmanas, “nadando” de burca, ou com véus que tampavam 90% do corpo. Um sol escaldante e elas lá, debaixo de suas roupas de banho pretas. Julgar é complicado, mas tirei algumas fotos divertidas da moda praia jordaniana.

Uma curiosidade é que o Mar Morto, é considerado o ponto mais baixo da Terra, sem contar o fundo dos oceanos, com 390 metros abaixo do nível do mar.

Pé na estrada e fomos para Madaba. No caminho, passamos por paisagens sensacionais, daquele deserto montanhoso, onde esculpiram uma estrada. Paramos diversas vezes para tirar fotos e, finalmente, chegamos à Madaba para almoçar. Lá está localizada a Saint George’s Church, onde há um mapa da Terra Santa, datado do século VI, feito em um mosaico, no piso da igreja. A igreja é bem pequena, mas muito bonita, com mosaicos por toda parte. Pagamos JOD1, BRL3,6, para entrar lá.

Mount Nebo
Finalmente chegamos ao último destino do passeio, o Mount Nebo, lugar onde, supostamente, Moisés recebeu a visão da “terra prometida”. Imagino mesmo, já que lá é bem alto, e é possível enxergar quilômetros de distância.
Voltamos para o hotel e conheci uma americana chamada Gwen, que estava por aqui, tendo lições de árabe. Assumo que também gostei da língua e ela, que estuda há cerca de um ano, consegue se comunicar de maneira razoável. Um caso a se pensar.


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Dia 160 - Preso em Amman

Sanduiche de mortadela com iogurte salgado 
Praticamente não deixei o hotel o dia todo, por conta de fazer algumas dezenas de alterações na minha viagem.

Agora, parte da viagem, compartilharei com a minha mãe! Resolvemos que dia 17/09 iremos para o Reino Unido, onde daremos umas boas voltas por lá. Depois, faremos Alemanha, minha terra natal (risos).

Nunca tivemos a oportunidade de viajarmos juntos pela Europa, então achei que seria a oportunidade perfeita. O clima não estará muito desgraçado e, parte do roteiro que programei, eu não conheço.


O único porém das alterações que fiz, é que só conseguirei sair da Jordânia dia 09/09, muito além do que gostaria, já que não há tanto o que se fazer por aqui, e não vou ao Egito nem Israel, destinos em conta, partindo de Amman. Com esse tempo excessivo aqui, ficarei apenas 6 dias na Rússia, entre Moscow e Petesburgo. Uma pena.


quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Dia 159 - Relax

Nem questionei a conta
Depois de três dias, consecutivos, bem intensos, tirei o dia para descansar e colocar a casa em ordem.
Mandei um bocado de roupa para lavanderia, que é um absurdo por aqui, e comi várias comidas diferentes durante o dia. Sempre tive o hábito de comer comida árabe, como húmus, falafel, kebab e outras coisas que não sei o nome. Por aqui, mantenho esse hábito, pois além de saudáveis, essas comidas são deliciosas.

Dei mais uma volta pela região e resolvi rapar/raspar (não sei como é a forma certa) a cabeça. Passei máquina 1. Agora, estou muito parecido com os árabes, então todo o tempo, alguém puxa conversa comigo em árabe. Gosto disso, pois passar desapercebido em um país diferente do seu é sempre bom.


Depois de muito pensar, desisti da ideia de Israel. Além de não me sentir 100% confiante em cruzar a fronteira, depois de casos escabrosos que ouvi, não quero me arriscar desnecessariamente. Mesmo vendo vários estrangeiros indo e vindo de lá, deixarei a visita para uma próxima vez. Além disso, não quero ajudar a patrocinar essa guerra. Jerusalém, Tel a Viv e Haifa, ficarão para uma outra oportunidade.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Dia 158 - Três dias, duas maravilhas do mundo

Treasury, Petra
Depois de conhecer o incrivelmente belo Taj Mahal, fui conhecer Petra. Petra é uma famosa cidade da época dos nabatenses, onde as construções foram esculpidas em grandes paredões rochosos. Um espetáculo!

Caminhamos por horas, eu, um americano, um chinês e um australiano/chinês. O sol estava escaldante, então por diversas vezes paramos para descansar e tomar água. Eu estava com meu chapeuzinho horrendo, que vem me acompanhando desde o Peru, quando o comprei, mas, apesar de feio, protege contra o sol na careca.

Ficamos lá por mais de 4 horas, e considero que foi suficiente para um dia. O que mais me impressionou foi o preço para entrar em Petra. Paguei JOD50, Cerca de BRL170, só de entrada! Nunca vi a entrada para uma atração ser tão cara, mas valeu a pena e eu pagaria de novo.
Saímos de lá e o motorista estava nos esperando, com o ar condicionado do carro ligado. Um luxo! Pagamos JOD30, BRL100, cada um, pelo motorista, mas seria a maneira mais fácil de chegar e sair de lá.


Depois de 3 horas de viagem, chegamos de volta ao nosso hotel, uma viagem tranquila, segura e sem nenhum contratempo, exatamente o que eu estava precisando, pós Nepal e Índia.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Dia 157 - Jordânia, um país civilizado

Bilhete para a liberdade
Cheguei ao aeroporto por volta das 04:05, precisamente com duas horas de antecedência, um alívio, pois, por alguns momentos, tive medo de não conseguir chegar a tempo.

Fiz o checkin tranquilamente e pedi um assento na janela, para que eu pudesse dormir, por motivos óbvios. A infeliz me deu um assento na poltrona do meio, em frente à saída de emergência, então, a poltrona sequer reclinava. Quando me entregaram um papel com pesquisa de satisfação, contei o tanto que a mulher do checkin foi cretina, já que vi vários outros assentos disponíveis.
Enquanto estava no aeroporto, comecei a refletir... “Quando será que estarei em um local onde as pessoas não tem barbas enormes, bigodes esquisitos, turbantes, burcas, véus? Cadê a calça jeans e camiseta branca, meudeusdocéu?”

O voo durou cerca de 5:30 horas e foi bem tranquilo, mas não consegui dormir nada. Acabei assistindo ao filme Rio 2, que me deixou com saudades do Brasil, apesar da sua visão bem clichê das coisas, mas ajudou a me distrair, enquanto estava naquela pavorosa caixa de metal voadora.
O aeroporto é impecável e bem moderno. O visto para Brasileiros entrarem na Jordânia é emitido no próprio aeroporto, no valor de JOD40, BRL130. Tudo bem tranquilo e eficiente.
Peguei um ônibus que me deixaria no centro da cidade por JOD3,45, BRL12, e no caminho já percebi a civilidade, começando que aqui se dirige do lado correto da estrada. Depois de meses vendo o tráfego do lado esquerdo, o errado, finalmente chego a um país que se dirige normalmente – até achei estranho.

O transito é bem civilizado, sem tuktuks, carros de boi, bicicletas e buzinas. As pessoas são educadas e não ficam tentando tirar proveito de todas as situações. Senti que chegava a um lugar mais tranquilo, onde teria sossego, após o que vivi nos últimos tempos.

Cheguei no hotel, comi uma salada e dormi por umas duas horas, que me deram um gás para terminar o dia. Dei uma volta pelos arredores do hotel, e gostei do que vi.

Conheci um pessoal e combinamos de ir a Petra, juntos, na terça-feira. Jantei um arroz com frango, já que não tinha a menor vontade de comer qualquer coisa e desmaiei na cama, tentando recuperar o sono perdido.

domingo, 24 de agosto de 2014

Dia 156 - Um dia de dois dias

Taj Mahal
O ônibus partiu por volta das 06:50, e fomos rumo a Agra! Uma sensação boa, pois o Taj Mahal era algo que eu queria, e muito, conhecer. Tirei a sorte grande, de não ser o único estrangeiro no ônibus, pois tinha um italiano, Mateo. Como o resto do povo era tudo índio, eu e Mateo nos tornamos melhores amigos instantaneamente.

No caminho, deu para perceber como que a Índia está em pleno desenvolvimento. Expansões do metrô, melhoria nas estradas, construções para todos os lados. Apenas acho que a população não acompanha esse progresso, e teima em viver na Idade dos Metais.
Depois de 6 horas de estrada esburacada, vacas, poeira, buzinas, caos, chegamos à primeira parada, o Forte de Agra. A construção é belíssima e o seu exterior é totalmente vermelho, muito diferente de tudo. No interior, mármore por todos os lados e entalhes muito bem feitos. Turistas estrangeiros pagam IDR300, BRL15, para entrar no forte.

Almoçamos e fomos rumo ao Taj Mahal. Indianos pagam IDR20, BRL1, e estrangeiros IDR750, BRL37, mas temos direitos a algumas regalias, pois esse ticket é considerado premium. O estacionamento de ônibus fica cerca de 1 km da entrada, mas há transporte gratuito de ida e volta, para os tickets premium.
Já me impressionei com a entrada, que parecia a entrada de um palácio, sendo que o Taj Mahal é “apenas” um túmulo.

Forte de Agra
Passamos pela segurança e finalmente entramos, dando de cara com aquela maravilha. O tamanho é de impressionar, além da beleza da construção. Algo indescritível, que valeu todo o sacrifício de tolerar a Índia. Ficamos passeando por mais de uma hora, em um calor enlouquecedor. Para entrar no Taj Mahal, é necessário tirar os sapatos e enfrentar filas quilométricas. Os portadores do ticket premium, praticamente não pegam filas, e ainda “ganham”, uma capa, que cobre parcialmente o calçado, evitando ter que retirá-lo.
Depois daquele passeio deslumbrante, voltamos para o ônibus e partimos, exatamente às 18:00. Começamos a nos preocupar com o horário, já que, de acordo com o roteiro, ainda teríamos lugares a visitar e a viagem de volta para Delhi, duraria cerca de 6 horas.

Inicialmente, pegamos a estrada rumo a Delhi, o que nos deixou bastante animados, pensando que chegaríamos no horário, mas aí que começou a tortura.
Paramos em uma cidade horrenda, onde iluminação pública era luxo e vacas, enormes, pastavam e passeavam pelas ruas. Essa parada era para que os hindus visitassem o suposto local de nascimento de Krishna. Não é à toa que ele é o Deus da guerra, porque nascer naquele buraco, me deixaria revoltado também. Ficamos mais de uma hora esperando os índios, que voltaram eufóricos para o busu.
Seguimos viagem e paramos em um lugar, pior que o anterior, já que nem asfalto tinha na rua, então ficamos comendo poeira. Esse local, foi o parque de diversões de Krishna. Esperamos mais uma eternidade, entre cachorros, mosquitos, odores, poeira.
Detalhes no interior do Fote de Agra

Continuamos a romaria, até parar no restaurante, onde jantaríamos. Um lugar tão nojento que eu não tive coragem nem de usar a pia do banheiro, então comprei uma garrafa de água mineral para lavar minhas mãos e rosto. Até esgoto a céu aberto tinha na pocilga. Mateo comeu lá, mas eu nem me atrevi. Minutos depois ele já estava se sentindo mal, por conta da comida.

Depois dessa loucura toda, às 03:05, cheguei ao meu hotel, três horas após o previsto, lembrando que eu agendei um carro às 03:30, para me levar ao aeroporto. Tomei um banho rápido, terminei de arrumar a mala, e fui para a recepção. Obviamente que o motorista só foi aparecer 03:45. É muita falta de responsabilidade, ainda mais sabendo que eu tinha um voo internacional.

Considero que meus dias acabam, quando vou dormir, mas, como isso não aconteceu, continuarei o dia dos programas de índio, no próximo post.

sábado, 23 de agosto de 2014

Dia 155 - Agra, aí vou eu

Acordei melhor disposto, mas longe de estar em plena forma, então tirei o dia para descansar e pesquisar minhas próximas paradas.

Estudei e conversei com o pessoal do hotel, sobre a melhor opção para ir à Agra. Inicialmente pensei em pegar um trem e lá, um taxi que me levaria para um city tour pelas principais atrações da cidade, Taj Mahal e Agra Fort. Essa opção seria bem mais cara, do que pegar um ônibus de turismos, que pararia nesses lugares e custaria apenas IDR600, BRL30 (a outra opção custaria quase uns BRL200, então, teoricamente, vale o esforço).

Agendei o ônibus mesmo, mas minha única preocupação, é que ele chegaria por volta das 0:00, e meu voo para Amman, sai às 06:00 do mesmo dia. Perguntei para o hotel se o ônibus poderia atrasar, e me informaram que no máximo até 01:00 ele estaria de volta. Então eu dormiria até 03:20 e sairia 03:30 da manhã, rumo ao aeroporto que fica bem afastado da cidade.


Almocei em Connaught Place de novo e fiquei descansando na parte da tarde, me recuperando do dia anterior.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Dia 154 - Dia de rei

Após 154 dias me gabando, por não ter tido nenhum incidente de saúde, os problemas gastrointestinais, me pegaram de jeito. A tal da Índia, é implacável.

Não sei se comi algo que estava estragado, ou simplesmente meu organismo se assustou com a comida, o que acho improvável, mas tive uma diarreia braba, que me deixou bem baqueado e mais indignado ainda com esse país.

Mesmo assim, consegui vencê-la, e foi a um shopping, muito bem avaliado por turistas, utilizando o metrô pela primeira vez.

O metrô de Delhi é excelente, não ficando atrás de nenhum que conheci, em grandes cidades mundiais. O único problema, é que ele é usado por indianos, o que gera tumulto e odores. O shopping se chama Citywalk, dei uma volta, comi uma salada e voltei para o hotel, já que eu não estava muito bem disposto.


Liguei para a American Airlines, e pela segunda vez alterei minha passagem. Ao invés de ficar 17 dias nesse programa de índio, ficarei 6. Segunda-feira 25/08, 06:05, parto para Jordânia.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Dia 153 - Passeio por Delhi

Qutab Minar
Após o trauma inicial, resolvi embarcar em um daqueles ônibus de turismo, para dar uma volta pelas principais atrações da cidade. Paguei IDR350, BRL17, por um ônibus com ar condicionado, onde eu era o único estrangeiro. Todos os outros turistas eram indianos.


Algo que é perceptível, é como temos brasileiros semelhantes aos indianos. Talvez seja a mistura de negro com europeus que nos torne parecidos. Essa semelhança é apenas física, já que nos costumes, somos bem mais civilizados.

Fomos aos principais pontos turísticos da capital e, como não poderia faltar nesse tipo de passeio, nos levaram para uma loja onde vendiam camisas, cachecóis, pashminas. Típica armadilha pra enganar turista. De lá, almoçamos em um restaurante que eu nunca, sequer, passaria na porta. Insuportavelmente quente, fedido, pessoas comendo com as mãos, além daquela comida esquisitíssima. Por estar com fome, comi um pouco, mas foi difícil. Para completar, depois do almoço os indianos ficaram arrotando dentro do ônibus. Muito agradável.

Templo Bahai em formato da flor de Lotus
Voltamos para o hotel e estava decidido a mudar minha passagem para a próxima semana, mas um dos indianos, que estava no grupo, praticamente me convenceu a conhecer outros lugares da Índia, mais adaptados para turistas ocidentais. Vou pesquisar sobre os lugares e decidir o que vou fazer, mas a vontade é de ir embora o mais rápido possível.



Estou pensando em fazer a visita ao Taj Mahal no Sábado ou Domingo, já que não preciso de mais do que um dia para conhecê-lo.


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Dia 152 – Valeu, foi bom, adeus

Masculino, feminino e outro
Depois de 53 dias no Nepal, até então, país onde permaneci por mais tempo, continuarei minha saga, rumo à volta ao mundo.

Empacotei tudo, de forma que ficasse fácil retirar alguns itens, mais pesados, caso fosse necessário, por conta do limite de peso. Imagino que minha mochila esteja com cerca de 24Kg, sendo que saiu do Brasil com 16Kg. O limite permitido pela IndiGo, companhia de baixo custo que voarei, é de 20Kg. Mas, acreditando na desorganização, acredito que não terei problemas – e não deu outra.

Aeropordo de Kathmandu
Chegar até a minha poltrona foi uma luta!!! Checagem de segurança na entrada do aeroporto, após a imigração, na saída do portão de embarque e na entrada do avião, onde abrem todas as bagagens de mão dos passageiros. Essa quantidade absurda de redundâncias é a típica forma de suprimir a incompetência do sistema, e até, a corrupção. 

Chegando em Delhi, fiquei impressionado com o tamanho e beleza do aeroporto, mas já foram tentando arrancar dinheiro de mim, de uma forma inusitada. No banheiro, antes da alfândega, o faxineiro pediu uma gorjeta; inacreditável. Apesar disso, a imigração foi rapidíssima, duty free incrível e, a primeira coisa que vi, ao sair da alfândega, foi um caixa eletrônico do Citibank. Um alívio, mostrando uma certa civilidade do país.

Aeroporto de Nova Delhi
O motorista estava me esperando e fomos para o meu hotel. Um calor inacreditável, que parecia que eu estava com febre. Há tempos não sentia tanto calor. Naquela tarde, as temperaturas chegaram a 37°C.

A primeira impressão é que Nova Delhi é uma cidade de contrastes. Ao mesmo tempo que é possível ver carros de luxo como Jaguar, BMW, Mercedes, a quantidade de mendigos e moradores de rua é impressionante. Muita sujeira, odores desagradáveis, locais tentando te enganar... A cidade é enorme e o trânsito caótico e barulhento, menos barulhento que o do Nepal, pelo menos.


Rickshaw
Jantei em Connaught Place, região com vários restaurantes e hotéis. Fui a pé, já que era apenas 1km de distância, mas me assustei com a quantidade de moradores de rua. Um show de horror. Voltei de rickshaw, uma espécie de tuktuk, só que é montado sobre uma bicicleta. Não sei como um cara tão magro e pequeno, como o meu “motorista”, conseguia pedalar aquele monstro. Achei meio degradante, então não quero pegar outro não.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Dia 151 - Telefonema inusitado

É tão bom ter a liberdade de comer o que quiser, na hora que quiser. Na parte da manhã comi uma super salada de frutas, chá gelado, torradas, omelete e um cappuccino italiano. Apenas.

Enquanto fazia conversava com meu amigo americano, que pegou o quarto ao lado do meu, recebi um telefonema que me assustou. Era a embaixada indiana mandando eu ir buscar o meu passaporte até as 17:00. Meu passaporte ficou mais de uma semana por lá, pois eu não tinha condição de sair do orfanato, e enfrentar aquela toada, só para buscar o passaporte. Esse negócio de visto indiano foi bem cansativo. Porra, ir quatro vezes ao consulado para conseguir um visto de um mês é revoltante. Deu até vontade de desistir, mas como meu voo sai de lá, para a Jordânia, remarcar a passagem seria muito mais complicado e oneroso.
Almocei um frango himalaio, em um dos meus restaurantes favoritos, Rosemary Kitchen e depois voltei para o meu hotel, para tirar um merecido cochilo. Poder ter preguiça é um luxo.

Ia combinar com os espanhóis de dividirmos um taxi até o aeroporto, tarefa que seria simples em qualquer país levemente desenvolvido, mas os taxis nepaleses são minúsculos, além de parecerem umas sucatas. Não seria possível colocar 3 adultos e suas respectivas malas. E tem gente que acha o Brasil uma merda.


Fui despedir do meu amigo da copiadora, que sempre me ajudou a imprimir as atividades para a escola, além do pôster, que ficou incrível. Fico pensando quantas pessoas eu conheci nesses últimos tempos e, a grande maioria delas, nunca mais verei, ou terei qualquer contato. Estranho isso, mas é a vida do mochileiro.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Dia 150 – Recomeçando os trabalhos

Depois de 41 dias vivendo por conta do meu trabalho voluntário, voltei a minha vida alucinante entre aeroportos, estações de trens, hostels, imigrações. Estava com saudades desse vuco-vuco.

Fiz check-in no hotel de Kathmandu, inclusive, com direito a ar condicionado. Depois de algumas horas hospedado, questionei minha decisão de pagar mais caro por um quarto com A/C, já que nunca tem energia nessa porcaria de cidade.

Comprei os últimos souvenires (palavra difícil de escrever o plural, e nem sei se acertei), imprimi a passagem para Delhi, relaxei e assisti a alguns canais indianos, que são um show a parte.
Na parte da noite fui jantar com um amigo e conheci dois espanhóis que estarão no mesmo voo que eu para Delhi. Provavelmente faremos programas juntos por lá, mas eles estão querendo rodar por toda a Índia, e não sei se estou disposto a isso, mesmo com os 17 dias que tenho por lá.


Voltei para o meu hotel, que tinha energia naquele momento, e fui dormir, com o ar condicionado congelando o quarto – sensação diferente do que tenho vivido.

domingo, 17 de agosto de 2014

Dia 149 – Lamatar, dia 41

Oração de despedida
Por algum motivo, demorei muito para escrever sobre os meus últimos momentos no orfanato. O alívio de deixar tudo isso para trás era enorme, mas ao mesmo tempo, um enorme pesar por deixar as crianças.
O motorista chegou 2 horas antes do combinado, então tive que terminar de empacotar as coisas na mochila em velocidade recorde. A dificuldade de seguir um planejamento, por aqui, é enorme. Ou chegam muito cedo, ou atrasam muito, ou não aparecem. Cumprir o combinado? Jamais!

Despedi de todos com o coração partido, enquanto um a um me entregava uma cartinha de despedida. Entrei na van e todos acenavam para mim, enquanto sumíamos no horizonte; cena de filme mesmo.
Junto com o motorista, tinham duas garotas na van, que tinham acabado chegado do aeroporto. Uma delas, Alessandra, era brasileira! Primeira brasileira que conheci no Nepal, e última. Hehehe
Conversei com um pouco com ela e já assustei a menina, coitada. Mas como já disse anteriormente, aqui é diferente de tudo que já vi.


Últimos momentos
Chegamos no hostel da organização responsável e nunca vi tantos voluntários por lá. Uma festa e uma bagunça só. Europeus, americanos, chineses, brasileiros; a verdadeira torre de papel. Por esse motivo resolvi passar uma noite por lá, antes de ir para meu hotel, no centro de Kathmandu.
A coceira no olho melhorou um pouco. Creio que era alergia a alguma coisa da casa onde eu estava morando. Continuo pingando o colírio, só para garantir que estarei 100%.



Na parte da noite, jogamos cartas e um jogo que cada um teria que falar uma palavra em uma língua estrangeira. Começamos com alemão, onde os que não tinham muito conhecimento da língua, se apegaram a palavras relativas à Segunda Guerra, tipo Luftwaffe e Blitzkrieg. Passamos para o francês, e chegamos no português, um fiasco total. Gosto muito da minha língua pátria, mas devido a sua irrelevância no cenário internacional, creio que ela seja meio que inútil. Triste isso.

sábado, 16 de agosto de 2014

Dia 148 – Lamatar, dia 40

Despedida com uma bela noite estrelada
Finalmente um solzinho para animar o meu último dia por aqui. A sensação de abandonar o projeto é bem estranha. Uma mistura de felicidade, por voltar à civilização, mas de tristeza, por deixar as crianças para trás.

Organizei minha mochila e fiquei impressionado com o peso... O voo de Kathmandu para a Índia, permite apenas 20kg de bagagem, então talvez eu tenha que pagar excesso de bagagem, ou ficar naquela farofa de ficar tirando peso da mala para despachar. Provavelmente, ficarei na segunda opção.

Combinei com o motorista da organização, de me buscar pela manhã, mas como sei que os horários nepaleses são bem relaxados, nem vou ficar preocupado não.

Passei o dia tentando ficar mais perto das crianças e curtindo meus últimos momentos com elas. Na parte da noite, teve uma programação especial de despedida, onde elas rezaram, cantaram e dançaram. Uma das rezas, eu gosto muito, apesar de não ter ideia do que estão falando e, sabendo disso, elas cantaram lindamente. Depois uma a uma foram se levantando e despedindo de mim, agradecendo por tudo, com um mini discurso.


Antes de dormir, fiquei conversando com os garotos mais velhos, curtindo ao máximo minha última noite.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Dia 147 - Lamatar, dia 39

Área para queimar o lixo - as vezes
me sinto na idade média
Vem chovendo há três dias e a previsão do tempo informou que continuará assim até domingo. Por conta disso, não consegui tomar banho ontem, já que o aquecedor é solar, e nem pude lavar roupa.

Começamos a assinar o principal jornal, em inglês, chamado Kathmandu Post. As matérias são bem escritas, apesar de falarem muito sobre a Índia, mas tem coisas boas, inclusive extraídas do New York Times e da agência de notícias Reuters. A assinatura anual, custou NPR1700, BRL47, sendo que a entrega é diária; um valor insignificante.

Nos últimos dias, desenvolvi uma coceira insuportável no olho esquerdo. Estou pingando um colírio que trouxe, mas não acho que está fazendo efeito algum. Espero que não seja nada grave, já que em 147 dias de viagem, não tive absolutamente nenhum problema de saúde. Se a coisa apertar, procurarei um médico.

Levei o lixo para queimar, pois aqui, não tem coleta de lixo. Joga-se tudo pelo chão, ou queimam, após acumular uma certa quantidade.

Tivemos apenas alguns minutos de sol, insuficientes para aquecerem a água do banho. Respirei fundo e entrei debaixo daquela água gelada, até então, o banho mais frio que já tomei.


Continuei guardando as coisas na mochila, e o que não precisarei mais, deixarei aqui no orfanato, ou com outros voluntários, em Kathmandu.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Dia 146 - Lamatar, dia 38

Aquele dia chuvoso
Comparando meus dias anteriores com os mais atuais, é perceptível que as coisas que me incomodavam muito, assim que cheguei ao Nepal, tornaram-se menos relevantes do que as experiências vividas.


A comida continua fraquíssima, inclusive recebi algumas receitas da APAE, mas o problema não é falta de alimento, mas sim crer que arroz é o mais importante alimento.

Vez ou outra, ratos continuam assombrando o forro do teto. Uns dias atrás ocorreu até uma briga entre eles – ouvi os gritos.

Dores de cabeça entre as crianças são tão corriqueiras, que já não me assustam mais. Quase todo dia tem alguma se queixando de dores. A primeira coisa que fazem é se recolher e não almoçar/jantar. Ninguém toma providências para ajudar, então entro em ação com remédios, com poderes especiais (paracetamol), e levo comida para o adoentado. Ficar sem comer nunca ajuda em nada. Além de dores, os problemas respiratórios também estão por toda parte.

Alguns ambientes são absurdamente insalubres, com mofo por todos os lados e, em um determinado quarto, o cheiro de urina é tão forte, que não consigo entrar. Como ninguém toma providência, creio que nem percebem e/ou não se incomodam.

Banho? Uma vez e meia por semana. A meia é por conta das meninas lavarem os cabelos no decorrer dos dias.

Com todas essas questões que me incomodam, e muito, superá-las vem sendo relativamente fácil, principalmente, quando se vê a alegria de todos brincando, o carinho de uns com os outros, a dedicação dos responsáveis pelo orfanato. Todos aqui se chamam de irmãos e vivem realmente em uma irmandade de dar inveja a muitas famílias, unidas apenas pelo laço sanguíneo, e que teriam tudo para serem imensamente felizes, mas esse pretérito, é imperfeito.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Dia 145 - Lamatar, dia 37

Pôster no alto da parede, para evitar mãozinhas nervosas
Cento e quarenta e cinco dias longe de casa, pelo menos fisicamente, já que com a internet, tudo e todos ficam mais perto. Várias pessoas perguntam se saudades de casa, mas tenho vivido tantas experiências, que me sinto em casa, afinal, nosso lar está mais dentro de nós do que em construções de pedra.

Na parte da manhã, fui colocar o pôster na parede da sala do orfanato e tomei um susto. Alguém mexeu nele e quebrou parte da sustentação, me obrigando a utilizar vários recursos técnicos. No fim das contas, ficou ótimo e quando as crianças voltaram das provas da escola, ficaram admirando as fotos.


Choveu o dia inteiro praticamente, mas as poucas horas de sol, garantiram meu banho morno.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Dia 144 - Lamatar, dia 36

Passagem aérea para Nova Delhi comprada, hotel com ar condicionado reservado (nessa época estará bem quente), passaporte entregue ao consulado. O que dependia de mim par air a Índia, já está 90% encaminhado, faltando apenas ir buscar o passaporte na próxima semana.

Fiz uma lista de coisas a fazer no decorrer da semana, já que estou com bastante tempo livre. Organizei a mochila, colocando a maior parte dos itens que não precisarei nos próximos dias, dentro, e lavei algumas peças de roupa, aproveitando que o dia foi bem ensolarado.

Passei boa parte do dia todo jogando scrabble, um jogo de tabuleiro, onde o objetivo é formar palavras. Um bom exercício.


Fui pesquisar passagens de trem e hotéis para ir a Munique, participar do Oktoberfest. Quase caí para trás, quando vi que hotéis e hostels estavam praticamente 100% reservados e os que sobraram eram absurdamente caros, inviabilizando a minha estadia. Infelizmente, terei que deixar o Oktoberfest para a próxima oportunidade, quando agendarei com meses de antecedência. Lição aprendida.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Dia 143 - Lamatar, dia 35

Pôster com as fotos das crianças
Meu objetivo de ir a Kathmandu, foi cumprido após a impressão do pôster, mas ainda tinha mais uma coisa a fazer. Ir até o consulado da Índia.

Pela terceira vez, caminhei 30 minutos até chegar ao consulado, que estava lotado. Um pequeno grupo de chineses, sempre perdidos, barulhentos e confusos, tumultuou a sala de espera inteira. Dei entrada com o passaporte e na próxima terça-feira, véspera da minha viagem, irei busca-lo.

Almocei uma boa comida, com direito a sobremesa e parti, rumo a Lamatar.
A viagem com o pôster enorme, uma mochila e uma sacola com suprimentos, nos transportes precários do Nepal, foi um sofrimento.


Cheguei com o pôster e a meninada adorou. Minha intenção era entregar mais perto da minha saída do projeto, mas não quis esperar não.

domingo, 10 de agosto de 2014

Dia 142 - Lamatar, dia 34

Bermuda rasgada
Acordei cedo, como sempre, e quando fui vestir minha bermuda, ela rasgou perto do zíper. Como que uma bermuda de marca, comprada há pouco mais de 4 meses, rasga com tanta facilidade? Tirei umas fotos e vou enviar um email para a Zak reclamando.

Uma das cozinheiras do orfanato tem uma máquina de costura, então pedi para ela tentar consertar, pois essa bermuda é o meu coringa.

Por volta das 10:00 o motorista enviou uma mensagem dizendo que se atrasaria de novo. O china ficou espumando de raiva e ligou para a mãe dele, pai, para o papa, Dalai Lama, até que resolveu ligar para o chefe da organização. 1 horas depois, o motorista chegou.
No caminho de Lamatar até o centro de Kathmandu, xing começou a passar mal e vomitar pela janela da van. Super agradável.

Cheguei em Kathmandu e fui direto levar o arquivo do pôster para imprimir e depois fui almoçar uma comida descente – ah, os prazeres da gula!

Descansei um pouco, até que recebi a ligação de que o meu pôster ficou pronto. Quando fui buscar, não acreditei. Ficou incrível, com uma nitidez e qualidade impressionantes. Achei que talvez tenha sido grande demais, mas o resultado foi excelente. Tenho certeza que as crianças vão adorar, já que fiz questão de tirar fotos de todas, mais de uma vez.


Resolvi comprar a passagem para Nova Delhi, para o dia 20 de Agosto. Não achei muito barata não IDR5.800, BRL205, mas foi a mais barata que encontrei. Utilizei o site yatra.com, que é tipo um decolar.com, mas da região. Por esse site achei essa passagem, pela companhia IndiGo.

sábado, 9 de agosto de 2014

Dia 141 - Lamatar, dia 33

Sangita estudando - uma das fotos que adicionei ao pôster
O motorista da organização combinou que viria por volta das 15:00 nos buscar. Às 16:00 ele enviou uma mensagem dizendo que estava ocupado e não poderia mais vir, e apareceria apenas no domingo, pela manhã. Ficamos putos, pois estávamos prontos, esperando por ele, quando o irresponsável deu notícias.

Eu já estou um pouco acostumado com esses imprevistos, mas o china ficou enlouquecido. No Nepal, os horários são bem relaxados.

A parte chata foi que as crianças tinham ido fazer uma caminhada até um mirante da região e não fui porque estava esperando o motorista. Acabei que fiquei sem as duas coisas.

Esse foi o primeiro sábado que passei o dia todo no orfanato, já que, normalmente, vou para Kathmandu na sexta e volto sábado de tarde. Acompanhei o banho da semana das crianças. Sim, aqui, a teoria de se tomar banho apenas aos sábados existe, mas no calor que tem feito, se lavar uma vez por semana é impraticável. O pior é ouvir que sou extremista.


Aproveitei e tirei mais algumas fotos para completar o pôster e peguei alguns filmes chineses com legenda que o xing tinha no computador; curioso para saber como são filmes chineses.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Dia 140 - Lamatar, dia 32

Parte da carta da minha aluna
Mesmo sem ter tido tempo de preparar uma despedida para os meus alunos, peguei lápis, borrachas, estojos e canetas que o chinês trouxe de sobra, para dar de brinde para eles. Claro que não seria de graça, teriam que se esforçar para ganhar.


Formulei algumas perguntas sobre aulas que dei, junto com algumas de conhecimento geral. Não deixou de ser uma maneira de reforçar o conteúdo, estimulando todos a tentarem pensar. Distribuí todos os presentes e os alunos lutaram bravamente para consegui-los.

No fim das aulas, quando já estava do lado de fora da escola, uma das minhas alunas, da sétima série, me entregou um cartão que ela fez, se despedindo de mim e agradecendo pelas aulas. Nunca imaginaria receber um presente de despedida, mas fiquei extremamente satisfeito.

A mensagem que tentei deixar para os alunos é que há um mundo imenso fora do Nepal e que eles devem estudar e trabalhar para conhecer pelo menos um pouquinho dele.

Tirei mais algumas fotos e deixei o arquivo do pôster, que fiz para as crianças, pronto para ser impresso. Amanhã vou para Kathmandu e imprimo por lá.



quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Dia 139 – Lamatar, dia 31

Mãe e Mausam, com seu sorriso impagável
Comecei o dia fazendo uma conferência com a América, via bluetooth do carro; conversamos eu, Marcelisio, Renato Lantin e a menina que não sei o nome. Diversão e risadas garantidas. Sugeri que me visitem na Alemanha e eles analisarão a proposta de passar o réveillon em Berlim, comigo.

Recebi a notícia que um nepalês, que mora na América, leu o meu blog e achou minhas opiniões sobre o país, muito extremas. Vale ressaltar que o blog é minha página pessoal, onde minhas experiências são descritas a partir da visão cretina que tenho das situações do dia a dia.


A criançada adorou cantar Ain’t no Mountain High Enough e cantaram, pelo menos o refrão, com o maior empenho. O poder da música me fascina! Do mais bagunceiro, ao mais quieto, todos curtiram e tentaram acompanhar a letra. Alunos de outras classes pediram para participar também. No total, reproduzi 18 vezes a música e assumo que ficarei um bom tempo sem ouvi-la.

Um aluno, que não era das turmas que eu tenho costume de lecionar, ignorou totalmente e não quis participar da cantoria. Quando perguntei onde estava a letra da música, ele disse que tinha jogado pela janela. Fiquei puto com a atitude do pirralho e mandei ele ir buscar a letra. Ele buscou, recolhi a letra e ele ficou a aula toda olhando com cara de tacho, enquanto os seus colegas aproveitavam o momento. Uma pena ele não ter a maturidade que os outros tiveram.

Recebi a notícia bombástica, que na próxima semana eu não darei aulas, já que é a semana de prova dos estudantes, o que quer dizer que tenho apenas mais um dia de aula, na sexta-feira. Fiquei chateado, pois com o imprevisto, não deu tempo de preparar nada de especial, para a minha despedida da escola.
No orfanato jogamos Uno, um jogo de cartas italiano, que o japa, digo, China, trouxe de presente.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Dia 138 - Lamatar, dia 30

Galerinha reunida para despedida da Kat
Última manhã da Kat no orfanato. Daqui ela vai para Londres e passará uns dias pela Europa, antes de voltar à América. Em sua homenagem, comi parte do meu delicioso café da manhã utilizando as mãos; estilo nepalês. Experiência nada agradável, mesmo estando com as mãos bem lavadas.

Sugeri ao China ir comigo para a escola e ver a situação em que as crianças estudam. Meu raciocínio foi o seguinte; o orfanato recebe vários voluntários por ano, então, o nível de exposição e possibilidades de ajuda, são bem maiores que na escola. Além do mais, com 250 alunos, qualquer melhoria feita na escola, beneficiará uma comunidade, ao invés de poucas crianças.
Ele ficou chocado com a situação de algumas salas, com a falta de organização e de estrutura, além da indisciplina dos alunos. Conversamos com o diretor, que deu algumas sugestões de como ele poderia ajudar.

A minha opinião é que eles são tão desorganizados, que o melhor a se fazer seria ajudar a consertar algumas coisas da escola, ao invés de enviar dinheiro, que poderia, facilmente, ser mal aplicado. Outra ajuda seria algum tipo de curso de como dirigir uma escola, já que lá é tudo uma bagunça inacreditável.

Na parte da tarde, todos meus alunos foram fazer um trabalho de campo, então não dei parte das aulas.

Voltei para casa e ajudei algumas crianças no dever de casa, enquanto organizava o material para levar uma música nova para a escola. Escolhi Ain’t no Mountain High Enough, do Marvin Gaye. Essa música é muito alto astral, com uma letra simples e bonita. Tenho certeza que a molecada vai adorar.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Dia 137 - Lamatar, dia 29

Minhas alunas da 5ª série
Meu amigo Xing Ling me impressionou com a seriedade e empenho que ele está tratando de alguns assuntos. Sendo de uma família muito rica de Shanghai, ele veio como porta voz da família e de amigos prósperos, com o intuito de investir no orfanato e no futuro das crianças.

Na parte da manhã ele marcou uma reunião com o coordenador, para saber as possíveis formas de ajudar. Da 1ª a 10ª série, a escola é pública, então para continuar os estudos, cada criança precisa de um patrocinador, responsável por enviar USD100,00 mensais, no período de dois anos. Uma quantia insignificante, para ajudar na formação de um jovem. Saroj, o adolescente que levei para passar um final de semana em Kathmandu, recebe esse dinheiro, mas outros, que estão chegando nessa faixa etária, ainda não.


Continuo tirando mais fotos, para colocar no mural que estou fazendo para o orfanato, que está cada vez mais bacana. Assim que estiver pronto, coloco fotos de como ele ficou.
 
 
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