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Taj Mahal |
O ônibus partiu
por volta das 06:50, e fomos rumo a Agra! Uma sensação boa, pois o Taj Mahal
era algo que eu queria, e muito, conhecer. Tirei a sorte grande, de não ser o
único estrangeiro no ônibus, pois tinha um italiano, Mateo. Como o resto do
povo era tudo índio, eu e Mateo nos tornamos melhores amigos instantaneamente.
No caminho,
deu para perceber como que a Índia está em pleno desenvolvimento. Expansões do
metrô, melhoria nas estradas, construções para todos os lados. Apenas acho que
a população não acompanha esse progresso, e teima em viver na Idade dos Metais.
Depois de 6
horas de estrada esburacada, vacas, poeira, buzinas, caos, chegamos à primeira
parada, o Forte de Agra. A construção é belíssima e o seu exterior é totalmente
vermelho, muito diferente de tudo. No interior, mármore por todos os lados e
entalhes muito bem feitos. Turistas estrangeiros pagam IDR300, BRL15, para
entrar no forte.
Almoçamos e
fomos rumo ao Taj Mahal. Indianos pagam IDR20, BRL1, e estrangeiros IDR750,
BRL37, mas temos direitos a algumas regalias, pois esse ticket é considerado
premium. O estacionamento de ônibus fica cerca de 1 km da entrada, mas há transporte
gratuito de ida e volta, para os tickets premium.
Já me
impressionei com a entrada, que parecia a entrada de um palácio, sendo que o
Taj Mahal é “apenas” um túmulo.
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Forte de Agra |
Passamos
pela segurança e finalmente entramos, dando de cara com aquela maravilha. O tamanho
é de impressionar, além da beleza da construção. Algo indescritível, que valeu
todo o sacrifício de tolerar a Índia. Ficamos passeando por mais de uma hora,
em um calor enlouquecedor. Para entrar no Taj Mahal, é necessário tirar os
sapatos e enfrentar filas quilométricas. Os portadores do ticket premium,
praticamente não pegam filas, e ainda “ganham”, uma capa, que cobre
parcialmente o calçado, evitando ter que retirá-lo.
Depois
daquele passeio deslumbrante, voltamos para o ônibus e partimos, exatamente às
18:00. Começamos a nos preocupar com o horário, já que, de acordo com o
roteiro, ainda teríamos lugares a visitar e a viagem de volta para Delhi,
duraria cerca de 6 horas.
Inicialmente,
pegamos a estrada rumo a Delhi, o que nos deixou bastante animados, pensando
que chegaríamos no horário, mas aí que começou a tortura.
Paramos em
uma cidade horrenda, onde iluminação pública era luxo e vacas, enormes,
pastavam e passeavam pelas ruas. Essa parada era para que os hindus visitassem
o suposto local de nascimento de Krishna. Não é à toa que ele é o Deus da
guerra, porque nascer naquele buraco, me deixaria revoltado também. Ficamos
mais de uma hora esperando os índios, que voltaram eufóricos para o busu.
Seguimos viagem e paramos em um lugar, pior que o anterior, já que nem asfalto tinha na
rua, então ficamos comendo poeira. Esse local, foi o parque de diversões de
Krishna. Esperamos mais uma eternidade, entre cachorros, mosquitos, odores,
poeira.
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Detalhes no interior do Fote de Agra |
Continuamos a
romaria, até parar no restaurante, onde jantaríamos. Um lugar tão nojento que
eu não tive coragem nem de usar a pia do banheiro, então comprei uma garrafa de
água mineral para lavar minhas mãos e rosto. Até esgoto a céu aberto tinha na pocilga.
Mateo comeu lá, mas eu nem me atrevi. Minutos depois ele já estava se sentindo
mal, por conta da comida.
Depois dessa
loucura toda, às 03:05, cheguei ao meu hotel, três horas após o previsto,
lembrando que eu agendei um carro às 03:30, para me levar ao aeroporto. Tomei
um banho rápido, terminei de arrumar a mala, e fui para a recepção. Obviamente
que o motorista só foi aparecer 03:45. É muita falta de responsabilidade, ainda
mais sabendo que eu tinha um voo internacional.
Considero
que meus dias acabam, quando vou dormir, mas, como isso não aconteceu, continuarei
o dia dos programas de índio, no próximo post.