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domingo, 24 de agosto de 2014

Dia 156 - Um dia de dois dias

Taj Mahal
O ônibus partiu por volta das 06:50, e fomos rumo a Agra! Uma sensação boa, pois o Taj Mahal era algo que eu queria, e muito, conhecer. Tirei a sorte grande, de não ser o único estrangeiro no ônibus, pois tinha um italiano, Mateo. Como o resto do povo era tudo índio, eu e Mateo nos tornamos melhores amigos instantaneamente.

No caminho, deu para perceber como que a Índia está em pleno desenvolvimento. Expansões do metrô, melhoria nas estradas, construções para todos os lados. Apenas acho que a população não acompanha esse progresso, e teima em viver na Idade dos Metais.
Depois de 6 horas de estrada esburacada, vacas, poeira, buzinas, caos, chegamos à primeira parada, o Forte de Agra. A construção é belíssima e o seu exterior é totalmente vermelho, muito diferente de tudo. No interior, mármore por todos os lados e entalhes muito bem feitos. Turistas estrangeiros pagam IDR300, BRL15, para entrar no forte.

Almoçamos e fomos rumo ao Taj Mahal. Indianos pagam IDR20, BRL1, e estrangeiros IDR750, BRL37, mas temos direitos a algumas regalias, pois esse ticket é considerado premium. O estacionamento de ônibus fica cerca de 1 km da entrada, mas há transporte gratuito de ida e volta, para os tickets premium.
Já me impressionei com a entrada, que parecia a entrada de um palácio, sendo que o Taj Mahal é “apenas” um túmulo.

Forte de Agra
Passamos pela segurança e finalmente entramos, dando de cara com aquela maravilha. O tamanho é de impressionar, além da beleza da construção. Algo indescritível, que valeu todo o sacrifício de tolerar a Índia. Ficamos passeando por mais de uma hora, em um calor enlouquecedor. Para entrar no Taj Mahal, é necessário tirar os sapatos e enfrentar filas quilométricas. Os portadores do ticket premium, praticamente não pegam filas, e ainda “ganham”, uma capa, que cobre parcialmente o calçado, evitando ter que retirá-lo.
Depois daquele passeio deslumbrante, voltamos para o ônibus e partimos, exatamente às 18:00. Começamos a nos preocupar com o horário, já que, de acordo com o roteiro, ainda teríamos lugares a visitar e a viagem de volta para Delhi, duraria cerca de 6 horas.

Inicialmente, pegamos a estrada rumo a Delhi, o que nos deixou bastante animados, pensando que chegaríamos no horário, mas aí que começou a tortura.
Paramos em uma cidade horrenda, onde iluminação pública era luxo e vacas, enormes, pastavam e passeavam pelas ruas. Essa parada era para que os hindus visitassem o suposto local de nascimento de Krishna. Não é à toa que ele é o Deus da guerra, porque nascer naquele buraco, me deixaria revoltado também. Ficamos mais de uma hora esperando os índios, que voltaram eufóricos para o busu.
Seguimos viagem e paramos em um lugar, pior que o anterior, já que nem asfalto tinha na rua, então ficamos comendo poeira. Esse local, foi o parque de diversões de Krishna. Esperamos mais uma eternidade, entre cachorros, mosquitos, odores, poeira.
Detalhes no interior do Fote de Agra

Continuamos a romaria, até parar no restaurante, onde jantaríamos. Um lugar tão nojento que eu não tive coragem nem de usar a pia do banheiro, então comprei uma garrafa de água mineral para lavar minhas mãos e rosto. Até esgoto a céu aberto tinha na pocilga. Mateo comeu lá, mas eu nem me atrevi. Minutos depois ele já estava se sentindo mal, por conta da comida.

Depois dessa loucura toda, às 03:05, cheguei ao meu hotel, três horas após o previsto, lembrando que eu agendei um carro às 03:30, para me levar ao aeroporto. Tomei um banho rápido, terminei de arrumar a mala, e fui para a recepção. Obviamente que o motorista só foi aparecer 03:45. É muita falta de responsabilidade, ainda mais sabendo que eu tinha um voo internacional.

Considero que meus dias acabam, quando vou dormir, mas, como isso não aconteceu, continuarei o dia dos programas de índio, no próximo post.

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