Bilhete para a liberdade |
Cheguei ao
aeroporto por volta das 04:05, precisamente com duas horas de antecedência, um
alívio, pois, por alguns momentos, tive medo de não conseguir chegar a tempo.
Fiz o
checkin tranquilamente e pedi um assento na janela, para que eu pudesse dormir,
por motivos óbvios. A infeliz me deu um assento na poltrona do meio, em frente
à saída de emergência, então, a poltrona sequer reclinava. Quando me entregaram
um papel com pesquisa de satisfação, contei o tanto que a mulher do checkin foi
cretina, já que vi vários outros assentos disponíveis.
Enquanto
estava no aeroporto, comecei a refletir... “Quando será que estarei em um local
onde as pessoas não tem barbas enormes, bigodes esquisitos, turbantes, burcas,
véus? Cadê a calça jeans e camiseta branca, meudeusdocéu?”
O voo durou
cerca de 5:30 horas e foi bem tranquilo, mas não consegui dormir nada. Acabei
assistindo ao filme Rio 2, que me deixou com saudades do Brasil, apesar da sua
visão bem clichê das coisas, mas ajudou a me distrair, enquanto estava naquela
pavorosa caixa de metal voadora.
O aeroporto é
impecável e bem moderno. O visto para Brasileiros entrarem na Jordânia é
emitido no próprio aeroporto, no valor de JOD40, BRL130. Tudo bem tranquilo e
eficiente.
Peguei um
ônibus que me deixaria no centro da cidade por JOD3,45, BRL12, e no caminho já
percebi a civilidade, começando que aqui se dirige do lado correto da estrada.
Depois de meses vendo o tráfego do lado esquerdo, o errado, finalmente chego a
um país que se dirige normalmente – até achei estranho.
O transito é
bem civilizado, sem tuktuks, carros de boi, bicicletas e buzinas. As pessoas
são educadas e não ficam tentando tirar proveito de todas as situações. Senti
que chegava a um lugar mais tranquilo, onde teria sossego, após o que vivi nos
últimos tempos.
Cheguei no
hotel, comi uma salada e dormi por umas duas horas, que me deram um gás para
terminar o dia. Dei uma volta pelos arredores do hotel, e gostei do que vi.
Conheci um
pessoal e combinamos de ir a Petra, juntos, na terça-feira. Jantei um arroz com
frango, já que não tinha a menor vontade de comer qualquer coisa e desmaiei na
cama, tentando recuperar o sono perdido.
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