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domingo, 27 de abril de 2014

Dia 36 - Australian Open

Rod Laver Arena
Em 2012 cometi um pecado que nenhum amante do tênis poderia cometer: ir a Nova Iorque e não conhecer Flushing Meadows, onde é realizado o US Open (Aberto dos Estados Unidos). Depois desse despautério, fiquei mais atento e não poderia perder a oportunidade de conhecer o Melbourne Park, complexo esportivo onde é realizado o Australian Open. O complexo fica a cerca de 10 minutos ao sul da Federation Square, principal praça de Melbourne.

Agendei o tour de 1 hora, que custou AUD15 e seria realizado na Rod Laver Arena, a quadra principal do complexo, onde ocorrem os jogos mais importantes. Começamos o tour e eu não esperava que eu fosse ficar tão empolgado e em alguns momento até um pouco emocionado.


Meus ídolos ganhando no mesmo ano
O tour inicia em um corredor com as fotos dos vencedores mais atuais e depois partimos para o vestiário, onde cada tenista tem o seu armário e, os principais, tem um armário cativo. Passamos pelos corredores onde, durante o evento, ficam televisões com resultados e as chaves de todos jogadores.
Armário do Roger Federer no vestiário
Os jogos mais divulgados pela imprensa são de duplas e simples, mas ao mesmo tempo acontecem jogos de deficientes físicos e infantis. O mais interessante é que estando lá, você percebe que é apenas um campeonato, onde os tenistas tem que correr atrás das informações, treinar, realizar o check-in na chegada, andar até as quadras (há várias quadras e não existem túneis exclusivos e elas não são interligadas, então os jogadores ficam transitando pelo local) – fico imaginando a loucura que deve ser durante o evento.


Vista da arquibancada
Subimos para o superbox, camarotes exclusivos que custam cerca de AUD100.000 e comportam 20 pessoas. A vista é boa, mas tenho certeza que assistir ao jogo nas arquibancadas, com outras 14.999 pessoas, deve ser bem mais emocionante. A quadra principal é utilizada apenas durante o Australian Open e no restante do ano fica coberta, sendo utilizada para eventos. Estava lá o palco onde ocorrerá um show do Michael Bublé em poucos dias, mas não pagarei USD250 por um show, não mesmo (mas a vontade fica).

Troféu de simples masculino
Conhecemos os troféus! Empolgante estar tão perto desses símbolos que foram levantadas tantas vezes, por tantos jogadores excepcionais. O masculino é o mesmo desde 1934 e tem o nome de todos os ganhadores, inclusive o do Wawrinka, que ganhou em 2014 – a propósito, o troféu era a única coisa atualizada, já que todos os outros murais e dados, eram referentes à 2013. Frustrante....
Todos os ganhadores recebem uma réplica perfeita do troféu, mas até pouco tempo era uma cópia reduzida, mas os franceses, metidos que só, decidiram passar a entregar na mesma escala, aí todo mundo teve que correr atrás.
Fato interessante sobre o troféu feminino é que ele foi roubado e ficou um tempo desaparecido, até alguém, com a consciência pesada, devolvê-lo, quebrado (atualmente está “colado”).

A concessão para o Australian Open permanecer em Melbourne, e não virar o Xing Ling Open, é até 2025, então melhorias e investimentos constantes tem (sem o acento circunflexo, levado por quem não tem o que fazer) que ser realizados. Atualmente contam com duas grandes quadras com coberturas retrateis e para 2015 serão 3, se tornando o único Grand Slam com 3 grandes quadras cobertas. Enquanto isso, Roland Garros continua tomando chuva – franceses... Vale frisar que o preconceito/antipatia/inveja em relação aos franceses não reflete a minha visão, apenas estou transcrevendo o que ouvi no tour.
Detalhe com o nome dos últimos
 vencedores
Terminamos o tour na sala de imprensa, onde dezenas de fotos clichês foram tiradas, mas a minha, só a minha, ficou um máximo.

Acabo de perceber que eu nunca tinha escrito tanto em apenas um post. Gostei mesmo do passeio, que ainda me levou AUD70 em souvenires, uma camiseta vagabunda e um boné.


Voltei para o meu humilde hostel, tem academia e hidromassagem no terraço, e pensei que meu dia estava terminado. Ficaria feliz em apenas jantar e dormir - os deuses riram de mim. Tive a pior experiência olfativa nos meus 20 e tantos anos de vida. Enquanto lavava a louça, uns asiáticos, de algum país que eu não quero ir mais, fritavam um peixe inteiro e o cheiro expulsou, da cozinha de 200m², todos os ocidentais para a varanda, onde agradáveis 7 graus, de bermuda e camisa polo, pouco importavam mediante ao cheiro indescritível. Uma canadense abandonou o prato e quase vomitou, enquanto um inglês ficou preocupado se, sair da cozinha daquela forma, não teria sido mal educado – francamente.

Direções dos outros três Grand Slams

Só mais um pouquinho do Australian Open, agora apresentando alguns dados extremamente relevantes:
- 70.000 salsichas são consumidas durante o evento;
- 390 gandulas são utilizados;
- 330 juízes “apitando”;
- Em 1977 ocorreram dois campeonatos;
- O complexo tem no total 38 quadras;
- 5 telões ficam espalhados pelo complexo exibindo as partidas de graça; 
- Se você leu até o final, tá de parabéns.








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