Em 2012 cometi um pecado que
nenhum amante do tênis poderia cometer: ir a Nova Iorque e não conhecer
Flushing Meadows, onde é realizado o US Open (Aberto dos Estados Unidos).
Depois desse despautério, fiquei mais atento e não poderia perder a
oportunidade de conhecer o Melbourne Park, complexo esportivo onde é realizado
o Australian Open. O complexo fica a cerca de 10 minutos ao sul da Federation Square, principal praça de Melbourne.
Agendei o tour de 1 hora, que
custou AUD15 e seria realizado na Rod Laver Arena, a quadra principal do
complexo, onde ocorrem os jogos mais importantes. Começamos o tour e eu não
esperava que eu fosse ficar tão empolgado e em alguns momento até um pouco
emocionado.
O tour inicia em um corredor com
as fotos dos vencedores mais atuais e depois partimos para o vestiário, onde
cada tenista tem o seu armário e, os principais, tem um armário cativo.
Passamos pelos corredores onde, durante o evento, ficam televisões com
resultados e as chaves de todos jogadores.
Armário do Roger Federer no vestiário |
Os jogos mais divulgados pela imprensa são de duplas e simples, mas ao mesmo
tempo acontecem jogos de deficientes físicos e infantis. O mais interessante é
que estando lá, você percebe que é apenas um campeonato, onde os tenistas tem
que correr atrás das informações, treinar, realizar o check-in na chegada,
andar até as quadras (há várias quadras e não existem túneis exclusivos e elas
não são interligadas, então os jogadores ficam transitando pelo local) – fico imaginando
a loucura que deve ser durante o evento.
Vista da arquibancada |
Subimos para o superbox,
camarotes exclusivos que custam cerca de AUD100.000 e comportam 20 pessoas. A
vista é boa, mas tenho certeza que assistir ao jogo nas arquibancadas, com
outras 14.999 pessoas, deve ser bem mais emocionante. A quadra principal é
utilizada apenas durante o Australian Open e no restante do ano fica coberta,
sendo utilizada para eventos. Estava lá o palco onde ocorrerá um show do
Michael Bublé em poucos dias, mas não pagarei USD250 por um show, não mesmo
(mas a vontade fica).
Troféu de simples masculino |
Conhecemos os troféus! Empolgante
estar tão perto desses símbolos que foram levantadas tantas vezes, por tantos jogadores
excepcionais. O masculino é o mesmo desde 1934 e tem o nome de todos os
ganhadores, inclusive o do Wawrinka, que ganhou em 2014 – a propósito, o troféu
era a única coisa atualizada, já que todos os outros murais e dados, eram
referentes à 2013. Frustrante....
Todos os ganhadores recebem uma
réplica perfeita do troféu, mas até pouco tempo era uma cópia reduzida, mas os franceses,
metidos que só, decidiram passar a entregar na mesma escala, aí todo mundo teve
que correr atrás.
Fato interessante sobre o troféu
feminino é que ele foi roubado e ficou um tempo desaparecido, até alguém, com a
consciência pesada, devolvê-lo, quebrado (atualmente está “colado”).
A concessão para o Australian
Open permanecer em Melbourne, e não virar o Xing Ling Open, é até 2025, então melhorias
e investimentos constantes tem (sem o acento circunflexo, levado por quem não
tem o que fazer) que ser realizados. Atualmente contam com duas grandes quadras
com coberturas retrateis e para 2015 serão 3, se tornando o único Grand Slam
com 3 grandes quadras cobertas. Enquanto isso, Roland Garros continua tomando
chuva – franceses... Vale frisar que o preconceito/antipatia/inveja em relação
aos franceses não reflete a minha visão, apenas estou transcrevendo o que ouvi
no tour.
Detalhe com o nome dos últimos vencedores |
Terminamos o tour na sala de
imprensa, onde dezenas de fotos clichês foram tiradas, mas a minha, só a minha,
ficou um máximo.
Acabo de perceber que eu nunca
tinha escrito tanto em apenas um post. Gostei mesmo do passeio, que ainda me
levou AUD70 em souvenires, uma camiseta vagabunda e um boné.
Voltei para o meu humilde hostel,
tem academia e hidromassagem no terraço, e pensei que meu dia estava terminado.
Ficaria feliz em apenas jantar e dormir - os deuses riram de mim. Tive a pior experiência olfativa nos meus 20 e tantos anos de vida. Enquanto
lavava a louça, uns asiáticos, de algum país que eu não quero ir mais, fritavam
um peixe inteiro e o cheiro expulsou, da cozinha de 200m², todos os ocidentais para
a varanda, onde agradáveis 7 graus, de bermuda e camisa polo, pouco importavam
mediante ao cheiro indescritível. Uma canadense abandonou o prato e quase
vomitou, enquanto um inglês ficou preocupado se, sair da cozinha daquela forma,
não teria sido mal educado – francamente.
- 70.000 salsichas são consumidas durante o evento;
- 390 gandulas são utilizados;
- 330 juízes “apitando”;
- Em 1977 ocorreram dois campeonatos;
- O complexo tem no total 38 quadras;
- 5 telões ficam espalhados pelo complexo exibindo as partidas de graça;
- Se você leu até o final, tá de parabéns.
Eu li!!!!
ResponderExcluirTá de parabéns!! :)
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