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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Dia 37 - Shrine of Remebrance

Shrine of Remembrance
Depois de um reforçado café da manhã, fui malhar, depois de nem sei quanto tempo sem exercícios. Começar o dia com uma atividade física é uma boa forma de acordar e sinto muita falta de praticar esportes.

Detalhe do teto piramidal com esculturas de guerra
Comecei meu turismo do dia pelo Shrine of Remembrance, um belo santuário, ao sul de Melbourne (caminhei por 30 minutos), que foi erguido após a Primeira Guerra Mundial, em memória dos que morreram. O lugar é enorme, cercado de jardins e, por ser mais elevado, tem uma vista panorâmica da cidade. Acompanhei um guia que explicou a importância desse tipo de local para as famílias dos soldados mortos, pois muitos foram enterrados em território estrangeiro, ou sequer tiveram os corpos resgatados. Antigamente era possível encontrar pessoas chorando a morte de algum ente querido dentro do memorial.

O santuário foi construído para que todo dia 11 de Novembro, às 11:45, data e horário oficiais do fim da Primeira Guerra, um feixe de sol entre por uma fenda no teto, iluminando a pedra fundamental por 12 minutos, exatamente no local onde a palavra “Love” está escrita. Por ser um evento anual, diariamente ele é reproduzido, por meio de lâmpadas, para que os visitantes vejam. Na pedra está escrito “Greater love hath no man”, uma passagem da bíblia que significa que não há maior amor do que dar a sua vida pela de um amigo.

Pedra fundamental do santuário

O memorial é muito bonito, a cerimônia emocionante, há 89.100 nomes de combatentes escritos em diversos livros, todos lutando por um ideal (tenho certeza que a grande maioria não queria estar lá), mas não consigo concordar com nada disso. Guerras não podem ser consideradas necessárias, mesmo entendendo que alguns benefícios advém dessas conquistas, mas na verdade uma geração inteira fica marcada ou por morte de parentes, ou de amigos, ou perda do lar. Me parece que esses belos e cerimoniosos memoriais são uma forma do Estado compensar a população pela sua incompetência diplomática. Não é o primeiro memorial que visito e nem o último, mas vale a reflexão.

Em frente ao memorial fica o Jardim Botânico que, pra quem conhece o Inhotim, mais parece um parque municipal.

Estava um pouco afastado da região central e ainda queria ir a um museu muito famoso aqui, chamado NGV (National Gallery of Victoria). Comecei a conversar com uma motorista de um daqueles ônibus de turista, que ficam rodando pela cidade passando pelos pontos turísticos, mas não estava disposto a pagar, então ela disse “para um brasileiro bonito eu não posso negar uma carona”. Que beleza!

NGV - National Gallery of Victoria
Fui ao NGV, que fica em um prédio bem diferente, mas o museu é apenas mais um museu. No piso inferior são as galerias de arte moderna e/ou exposições itinerantes. Nos pisos superiores há exposição de pinturas europeias, esculturas gregas, artefatos egípcios, ou seja, tudo que encontramos em grandes museus espalhados pelo mundo. De qualquer maneira, vale a visita, já que é de graça e tem wifi de graça, como todos os museus de Melbourne.

Estou me recusando a pagar o absurdo que o meu hostel cobra pela internet. AUD40 por semana ou AUD10 por dia!! Abusivo, mas pelo menos o de um dia eu devo usar, já que preciso organizar minha viagem ao Japão, que está próxima.




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