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terça-feira, 1 de abril de 2014

Dia 10 - Puno: Lago Titikaka

O lago Titikaka é o lago navegável mais alto do mundo, localizado a 3.800 metros de altitude. 44% pertence à Bolívia e o restante ao Peru.

Cheguei 06:10 no hostel, depois de 8 horas de viagem de ônibus. Mais uma vez utilizei a Cruz del Sur, que apesar de ser mais cara, o ônibus é confortável e seguro. Existem dezenas de outras empresas que cobram até mesmo metade do preço, mas não há a certeza de se chegar são e salvo ao destino.

Assim que cheguei descobri que tinha um tour pelo lago que durava de 07:00 até 17:00 e visitava as ilhas flutuantes e uma ilha natural. Topei na hora, troquei de roupa (já estava há mais de 24h sem banho) e embarquei, sem banho, mas com roupa novinha.

Primeira parada foi nas ilhas flutuantes de Uros, há cerca de meia hora de barco. As ilhas são artificiais feitas de uma planta chamada totora que serve para alimentação, artesanato e construção de barcos. Uma espécie de juta. A principal atividade econômica dessas ilhas é o turismo. Os barcos atracam com cerca de 22 turistas que compram artesanato que ajuda no mantenimento daquela sociedade. São dezenas de ilhas que tem uma vida útil média de 25 anos, após isso, afundam e novas são construídas.

Uma coisa que me intriga muito no Peru é a altura nas pessoas. Com 1,83m me sinto um gigante em meio aos locais. Ainda não descobri o motivo dessa baixa estatura, mas em meio às minhas elucubrações, creio que podem haver algumas explicações plausíveis; 1- as crianças são carregadas pelas mães em “sacos de pano” e ficam bem comprimidas, impedindo que andem e se desenvolvam. 2- em cidades com grandes altitudes há menos oxigênio, então um corpo menor precisa consumir menos oxigênio. 3- ao contrário do Brasil, ocorreu pouca mistura étnica com estrangeiros (europeus, africanos) e seus antepassados tinham baixa estatura.  Ou podem ser que sejam todos esses fatores junto, ou só falei bobagem.

Saímos de Uros e fomos para uma ilha natural localizada há 2:30 de distância. Subimos um morro inacreditável (a essa hora já estava há mais de 3.900 m de altura), almoçamos e voltamos com mais 2:30 de barco. Esse tour guiado apenas confirmou algo que eu já sabia, que eu tenho pouca aptidão em me locomover com grandes massas. Resumindo, odeio grupos. Em grupos você perde a identidade e a vontade, apenas faz o que o guia quer e fica naquela procissão. Tô fora!

Mais 2:30 pra voltar para terra firme e fiquei amigo de duas canadenses que precisaram do meu portunhol fluente e macacoide para comprar passagens de ônibus. Saímos para jantar em um restaurante CHIFA (chinês com peruano), extremamente popular no Peru, onde ao verem o dono, começaram todos a conversar em mandarim. Os pais de ambas eram chineses que vivem no Canadá e elas receberam ambas educações. O chinesinho dono do restaurante ficou tão feliz que toda hora ia na nossa mesa, levava comidas para provarmos e fez um verdadeiro banquete há um preço ridículo.

Nessa história toda das canadenses uma coisa me chocou. Ainda existe uma ignorância enorme de estrangeiros com relação ao Brasil e às Américas. Elas não sabiam que no Brasil se falava português e achavam que dizer South America ou South U.S. era a mesma coisa!!!!!!!!!! Já tinha me deparado com situações em que pessoas não tinham a menor ideia do que se passa nas terras tupiniquins e adjacências, mas South U.S. foi campeã. Ri muito e dei uma aula de geografia.  



1 comentários:

  1. Gostei das muitas cores da população local. Ps.: Tadinhas das canadenses, tou me debatendo com tanta ignorância! kkkk

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