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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Dia 100 - Destination Kathmandu

O centésimo dia de viagem, obviamente, não seria comum e pacato.

Essa primeira semana é quando teremos aulas de nepalês e estudaremos sobre a cultura e costumes, que nos ajudarão a enfrentar essa difícil jornada.


Set de filmagem
No café da manhã conheci quem seria minha colega de classe, uma americana do Texas, que já fez voluntariado no Quênia, em Nairóbi, e me pareceu ser bem bacana. Seus pais são mexicanos, então tivemos uma criação bem parecida.

Na primeira aula tivemos uma visão geral sobre religião, castas, festivais e frases básicas em nepalês. Tínhamos várias dúvidas e aos poucos começamos a entender um pouco como a banda toca e como serão nossos respectivos projetos. Já sei que tem outro voluntário no meu projeto, o que vai me ajudar muito no início.

Depois de 3 horas de aula, almoçamos e fui com minha colega americana comprar um sim card, para termos celulares locais, e alguns suprimentos, como papel higiênico, nada difundido por aqui. Agora tenho um número nepalês e internet com 2GB no meu celular, o que dá um certo alívio, já que no hostel não tem wi-fi.
Chegando do nosso passeio, encontrei o americano que deveria ter ido para Lukla, mas devido ao mau tempo, ele não pôde voar, nem de avião, nem de helicóptero. O aeroporto de Lukla tem uma pista curtíssima e é considerado um dos mais perigosos do mundo, bem na base do gigante do Himalaia. Caso eu decida fazer a caminhada pelo Everest, começarei por lá – logo eu, que morro de medo de avião.
Selfie de parte do elenco
Ele estava extremamente frustrado, após horas de espera em vão no aeroporto, então fomos para o centro da cidade, tomar uma cerveja. Fomos eu, o americano e a americana, em um micro-ônibus da década de 70, onde um garoto de 10 anos era o trocador. Enquanto tomávamos uma cerveja, o nosso professor me ligou e pediu para que fizéssemos parte de um filme, onde o amigo dele era o diretor.

Topamos participar do filme, chamado Destination Kathmandu, onde o meu papel e da americana era aplaudir e sorrir, já que o nosso amigo, o americano, estava ficando noivo de uma nepalesa. O filme é sem pé nem cabeça, impossibilitando um real entendimento, mas foi das coisas mais divertidas que já fiz, e ríamos o tempo todo. Repetimos a cena de vários ângulos diferentes, claro. O figurino foi improvisado pelo diretor, onde eu estava de calça jeans, camisa e paletó, dentro de uma casa, com as luzes queimando minha careca – muito agradável.

Noivo fazendo graça
Nossa preocupação maior era que no Nepal, se dorme muito cedo (por volta das 21:00) e no ritmo que a filmagem ia, chegaríamos muito tarde no hostel, que estaria trancado. Avisamos que tínhamos que ir embora, já eram mais de 23:00, e, finalmente, acabaram as filmagens.

Entramos na van da produção onde amontoaram 16 pessoas, onde caberiam umas 10. Chovendo forte, escuro, asfalto inexistente, a van derrapando e pulando igual a uma perereca, todo mundo amontoado e cansado, até que 00:00, chegamos ao hostel. A van não conseguia descer a nossa rua, então fomos a pé, na chuva, utilizando as lanternas dos celulares para iluminar o chão. Claro que os dois portões do hostel estavam trancados. Pulamos o primeiro muro, mas não conseguimos entrar mesmo assim. Em meio àquela confusão acordamos metade do hostel, até que abriram a porta para entrarmos.





04:30 o americano levantou para, mais uma vez, tentar embarcar para Lukla. Tomara que dê certo.

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