Crianças do orfanato aproveitando o feriado - Filme nepalês no Youtube |
Feriado para
quebrar a semana no meio é bom
demais. Há mais de quatro meses que não me importo com feriados, dias úteis,
sábados e domingos. Especialmente, nesse feriado, completo 1 mês de Nepal.
O que falar
desse 1 mês? Poxa, por mais preparado que eu achava que estava, está sendo uma
experiência e tanto. Nunca pensei que meu limite de tolerância fosse tão alto,
já que nos últimos anos, me mimei bastante. Estou sobrevivendo, entretanto,
assumo que essa caminhada está tão difícil, que todos os dias penso em
desistir, mas estou encarando esse desconforto com seriedade e disciplina
militares. Inclusive, adotei o lema “missão dada é missão cumprida” ainda mais
nesse caso, que eu me dei a missão.
Fiz o que
toda dona de casa faz nos feriados; lavei muita roupa, arrumei meu quarto e
comprei alguns suprimentos. Sem falar que adiantei bem as 800 páginas de “Anna Karenina”, de Tolstoy.
Frequentemente
venho pensando o que farei quando voltar ao Brasil. Creio que gostaria de
trabalhar na área de vendas, já que me comunico razoavelmente bem e tenho
facilidade em lidar com diferentes pessoas. Nesses meses de viagem, foi a única
conclusão, a respeito de trabalho, que consegui chegar. Nem sei por onde
começar, nem vendendo o que, mas vou amadurecer essa ideia.
Depois de acidentalmente
furar a bola de futebol, fui até a cidade comprar uma outra e pedi carona para
o coordenador do projeto, em sua moto. O sujeito dirigia igual a um imbecil e
eu, obviamente sem capacete, fechei os olhos e rezei para não acontecer nada.
Quase-acidentes ocorreram umas 3 vezes. Quando cheguei de volta, me prometi que
nunca mais pegaria carona com aquele inconsequente.
Com a bola
nova, jogamos futebol por umas duas horas, até que fui organizar o material das
aulas de amanhã. Apesar de toda a precariedade da escola, da falta de preparo
dos professores e alienação total dos alunos, faço o meu melhor para passar o
que eu sei para eles.
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