Vista da cobertura do hostel |
Depois de
tantos sustos e desventuras, as coisas vão melhorando e também, vamos nos adaptando.
Meu colchão está finalmente seco, com uma roupa de cama nova, o banho gelado
está menos desagradável, os mosquitos incomodam menos. E vamo que vamo!
Na aula de
hoje aprendi os dias da semana, cores, horas e a fazer frases no futuro.
Continuo achando que o professor tem uma metodologia bem esquisita, mas vamos
julgar menos e aceitar mais.
O nosso professor, chamado Saman, é um Brahman, casta mais alta do Nepal,
enquanto no Brasil é apenas uma cerveja popular. Os nomes das pessoas que são
dessa casta, são escolhidos por um sacerdote, que se baseia no ano, mês, dia e
hora do seu nascimento.
Esse mesmo sacerdote também diz a idade na qual a pessoa vai morrer, além de
desventuras que ocorrerão, mas apenas os pais ficam sabendo. É possível
consultar o sacerdote sempre que quiser, pagando uma taxa de NPR1.000, BRL23, o
que me deixou um pouco cético. A americana ficou super interessada e quer ir,
para saber do seu futuro. Não gosto dessas coisas não, pois acho que, mesmo que
o camarada realmente tenha habilidades extraordinárias, prefiro viver o
presente.
O hostel que
estou é controlado por duas famílias, que cozinham e limpam o lugar – não sei
como tenho coragem de dizer que eles limpam aqui. No alto da casa, é onde
ocorrem nossas refeições e é possível ter uma bela vista da região, inclusive
com lindas montanhas ao fundo.
Conheci uma
estudante de medicina de Taiwan, que veio trabalhar em um hospital em Kathmandu,
por três semanas. Conversamos boa parte da tarde, e ela também está um pouco
assustada com Kathmandu.
Combinamos de
ir para o centro da cidade amanhã, para passear e sair um pouco do marasmo na
nossa vizinhança, já que uma visita ao centrão, é barulhenta, movimentada e
colorida.
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