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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Dia 104 - Um dia tranquilo

Durbar Square - Kathmandu
Uma noite bem dormida, sem ninguém para me acordar 04:30 da madrugada, milagre. Esqueci de comentar que no dia anterior, ganhei um nome nepalês. Agora, todos me chamam de Prakash, que significa “luz”. 
Coincidentemente, um dos funcionários responsáveis pela manutenção do hostel chama Prakash, então ele me adotou como irmão mais novo dele. Agora sou acordado por ele “breakfast time, Prakash!!”

Enquanto demonstração de carinho, em público, entre homens e mulheres deve ser evitada, amigos do mesmo sexo andam de mãos dadas, abraçados e trocam carícias. Isso na minha terra tem nome e sobrenome...

Na aula de hoje aprendemos nomes de comidas, parentes e partes do corpo. Idade é algo muito importante por aqui, então há palavras diferenciadas para irmão mais velho (daai) e irmão mais novo (bhaai). Combinamos com o professor para não termos aulas no sábado, para podermos ir a Bhaktapur, cidade famosa há cerca de 10km leste de Kathmandu.

Almoçamos e fomos para Durbar Square, praça principal de Kathmandu, onde fica o antigo palácio imperial e diversos templos, inclusive o templo onde a Deusa Viva (Kumari), mora. Uma criança do sexo feminino é escolhida para ser a Deusa Viva da cidade até atingir a puberdade, depois, volta a ser uma criança normal. Durante esses anos ela perde praticamente todo contato com a família e deve dedicar o seu tempo dedicado em cerimônias. Essa é uma tradição típica do budismo no Nepal, mas não em outras localidades.
Durbar Square - Kathmandu

De lá,  passeamos por Thamel, um bairro famoso por ter a maioria dos restaurantes, hotéis, lojas de todos os tipos e artesanatos. Lá é o centro turístico de Kathmandu. Comprei uma calça para dormir, um mapa bem detalhado da cidade, garfo e faca, pois não sei se terei que comer com as mãos no meu projeto, e um livro que eu já li uma vez, mas quero ler de novo, chamado No Ar Rarefeito, de Jon Krakauer. Esse livro conta a história da tragédia de 1996, onde 8 alpinistas morreram. Estando aqui no Nepal, conseguirei entender e visualizar muito mais do quando li o livro pela primeira vez.


Voltei para o hostel e tinha um novo colega de quarto. Um americano barbudo, que parecia Jesus e deu aulas de inglês, em um monastério, por 6 semanas. A parte boa é que ele não vai acordar 04:30 da manhã, como todos meus outros companheiros. 


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