Durbar Square - Kathmandu |
Uma noite
bem dormida, sem ninguém para me acordar 04:30 da madrugada, milagre. Esqueci
de comentar que no dia anterior, ganhei um nome nepalês. Agora, todos me chamam
de Prakash, que significa “luz”.
Coincidentemente, um dos funcionários
responsáveis pela manutenção do hostel chama Prakash, então ele me adotou como
irmão mais novo dele. Agora sou acordado por ele “breakfast time, Prakash!!”
Enquanto
demonstração de carinho, em público, entre homens e mulheres deve ser evitada,
amigos do mesmo sexo andam de mãos dadas, abraçados e trocam carícias. Isso na minha
terra tem nome e sobrenome...
Na aula de
hoje aprendemos nomes de comidas, parentes e partes do corpo. Idade é algo
muito importante por aqui, então há palavras diferenciadas para irmão mais
velho (daai) e irmão mais novo (bhaai). Combinamos com o professor para não
termos aulas no sábado, para podermos ir a Bhaktapur, cidade famosa há cerca de
10km leste de Kathmandu.
Almoçamos e
fomos para Durbar Square, praça principal de Kathmandu, onde fica o antigo
palácio imperial e diversos templos, inclusive o templo onde a Deusa Viva
(Kumari), mora. Uma criança do sexo feminino é escolhida para ser a Deusa Viva
da cidade até atingir a puberdade, depois, volta a ser uma criança normal. Durante
esses anos ela perde praticamente todo contato com a família e deve dedicar o
seu tempo dedicado em cerimônias. Essa é uma tradição típica do budismo no
Nepal, mas não em outras localidades.
Durbar Square - Kathmandu |
De lá, passeamos
por Thamel, um bairro famoso por ter a maioria dos restaurantes, hotéis, lojas de
todos os tipos e artesanatos. Lá é o centro turístico de Kathmandu. Comprei uma
calça para dormir, um mapa bem detalhado da cidade, garfo e faca, pois não sei
se terei que comer com as mãos no meu projeto, e um livro que eu já li uma vez,
mas quero ler de novo, chamado No Ar
Rarefeito, de Jon Krakauer. Esse
livro conta a história da tragédia de 1996, onde 8 alpinistas morreram. Estando
aqui no Nepal, conseguirei entender e visualizar muito mais do quando li o livro
pela primeira vez.
Voltei para
o hostel e tinha um novo colega de quarto. Um americano barbudo, que parecia
Jesus e deu aulas de inglês, em um monastério, por 6 semanas. A parte boa é que
ele não vai acordar 04:30 da manhã, como todos meus outros companheiros.
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