Pages

Ads 468x60px

sábado, 19 de julho de 2014

Dia 120 - Lamatar, dia 12

Assistindo ao movimento em Durbar Square

 Acordei às 04:00 com o relógio do menino tocando, uma ótima maneira de começar o dia. No início da manhã, resolvi ajudá-lo com os estudos, fazendo perguntas, com o caderno dele na mão.

Estudamos  administração, especificamente, tipos de empresas (privadas, estatais). Durante a arguição, percebi que ele era apenas um gravador, que decorava e repetia o que estava escrito no caderno, nada além. Mesmo assim, muitas das frases escritas, em um inglês lamentável, não faziam o menor sentido; ajudei no que pude.

Tomamos café da manhã no mesmo restaurante que comi na última semana, excelente. Salada de frutas com iogurte, waffles, omelete com espinafre e cogumelos, um banquete.

Partimos rumo ao dia de turista. Começamos pela Durbar Square, mais famoso ponto turístico de Kathmandu, mas Saroj não conhecia. Passeamos por lá, tiramos fotos e ficamos observando o movimento de pessoas.
Mais Durbar Square


Caminhamos por 30 minutos, até chegar ao cinema, que fica em um shopping, chamado Civil Mall, em Sundhara. O shopping é bem diferente, pois, apesar dos sete andares, é bem pequeno, mais parecendo uma galeria. A praça de alimentação é uma atração à parte, pouquíssimos restaurantes, com uma higiene duvidosa. Não se compra direto no restaurante, mas em um quiosque, no meio da praça, onde adquiri um cartão pré-pago, com a quantidade de dinheiro que gostaria de gastar. A coisa mais esquisita que já vi, além de pouco eficiente. Para completar, a praça parecia um calabouço, quente e escura, com cheiro de fritura.


Observei, sem tecer comentários, e fomos para o sétimo andar, onde fica o cinema e fliperamas, do início da década de 90.

Jogos de corrida de carros, moto, tiro, basquete... Jogamos todos, até que fomos ao cinema, chamado QFX, assistir ao novo filme do Planeta dos Macacos, chamado Dawn of the Planet of the Apes, em 3D. O ingresso custa NPR420, BRL11.
Piloto de fuga
Começando as críticas, a sala de cinema era até razoável, com cadeiras confortáveis e ar condicionado adequado, mas o som era bem ruinzinho. O filme era em inglês, sem legendas, e a cada cena em que os atores fumavam, aparecia um aviso “fumar é prejudicial à saúde”; queria ter tirado uma foto. O melhor foi que no meio do filme, houve um intervalo, de 15 minutos, para que as pessoas comprassem mais comida e bebidas. Pipoca, cachorro quente, nachos, donuts... Nunca vi tantas iguarias de alto teor calórico, reunidas em um só lugar.


O filme foi fraco, mas a experiência, extraordinária. Saroj não tirava o sorriso do rosto, pois só tinha ido uma vez ao cinema, há muitos anos, e nunca tinha assistido a um filme em 3D.
Saroj com os óculos 3D

Durante todo o tempo que andamos pela cidade, tentei, de forma sutil, comprar coisas que seriam úteis para ele, mas ele sempre retrucava que não precisava. No final das contas, descobri que ele precisava de uma calculadora para as aulas de administração. Um presente útil, que servirá para ele e os outros do orfanato. Eu tive uma calculadora semelhante nos tempos de curso técnico.


A noite encontrei uma amiga alemã, que teve o quarto invadido e levaram todo o dinheiro que ela tinha, cerca de USD400. Fica mais um alerta!

Ela me contou que dar aulas para os monges budistas está sendo uma experiência única. As idades são entre 5 a 20 e poucos anos, alguns bebem, fumam e já houve casos de monges fugirem do monastério com voluntárias. Muitas famílias, principalmente da região dos himalaias, enviam seus filhos para serem monges, pois assim, receberão uma educação adequada, além de alimento e abrigo. O único problema nessa história toda, é que muitos não tem aptidão para a vida de reclusão parcial, então, acontecem essas desventuras.


Jantamos em um restaurante vegetariano/vegano chamado Places. Uma comida excelente, para fechar com chave de ouro a última noite em Kathmandu, antes de regressarmos ao orfanato.

0 comentários:

Postar um comentário

 
 
Blogger Templates