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terça-feira, 22 de julho de 2014

Dia 123 - Lamatar, dia 15

Meus alunos rezando antes
de começarem as aulas
Acordei e telefonei para um amigo, que mora na América, e conversamos por 12 minutos. A ligação custou menos de BRL1, ligando do meu celular nepalês para o celular americano. Só no Brasil que a telefonia é cara. Jogamos conversa fora e comecei o meu dia.

Algo que me incomoda muito, são as refeições por aqui, mas não só pela comida. Todos utilizam as mãos para comer e comem fazendo uma barulhada inacreditável, tentando sugar os grãos de arroz, molhados pela sopa de lentilha. Não se para de falar um minuto e se fala muito alto, então paz, não há. Depois de comer, enquanto lavo o meu prato, crianças lavam a boca e cospem na mesma pia que lavo o prato, muitas vezes, em cima de outros utensílios; uma nojeira só.  O engraçado é que ainda não me acostumei com isso e, na verdade, acho que estou é ficando mais incomodado a cada dia que passa.

Caminho para a escola
Serei responsável por 4 aulas de 40 minutos por dia, separadas por um intervalo de 40 minutos. Lecionarei da 5ª a 8ª série, e, em todas as classes, há crianças do orfanato onde moro/trabalho. Todos os dias, de domingo a quinta, darei aulas para essas turmas. Sexta, é até 12:00, mas essa sexta feira, irei cedo para Kathmandu, entregar a papelada do visto indiano. Na parte da noite, tenho uma apresentação de fotografias de uma amiga, que trabalhou com fotojornalismo em Kathmandu, nas últimas semanas.

Estava um pouco nervoso no início, mas as crianças ajudam muito e me deixam bem confortável. A minha série predileta foi a 8ª, onde todos ficavam mais quietos e ficaram super empolgados com a minha presença. No quesito empolgação com o vara-pau brasileiro, ocorreu um empate técnico entre todas as turmas, mesmo as que eu não conheço. Me chamam de Pedro, Prakash, Brother, me perguntam mil coisas, falam da copa do mundo (uma das crianças contou que chorou quando o Brasil perdeu para a Alemanha) e perguntam quanto tempo ficarei por aqui. Quando digo 3 a 4 semanas, tempo que me resta, a felicidade é generalizada.
Presenteado com mais um
belo pôr do sol

Fiz uma pequena introdução sobre mim e depois pedi que as crianças escrevessem características sobre elas. Li uma por uma e corrigi os problemas que vi. Depois disso, tentei explicar a importância de se saber inglês, mostrando a quantidade de países que falam inglês, além de ser uma língua simples e que é um plus, na hora de conseguir um bom emprego. Espero ter conseguido passar a mensagem.



Voltei pra casa bem cansado e posso dizer que dar aula é desgastante, principalmente para adolescentes e pré-adolescentes, agitadíssimos, como os meus 79 alunos.
Finalizei meu dia realizado e satisfeito.

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