Sushila fazendo graça |
Evito
julgar, mas já que as duas americanas ficarão apenas 1 semana no projeto,
deveriam tentar estar mais presentes no dia-a-dia das crianças. Hoje, saíram do
quarto as 09:30, quando o “almoço”, já estava sendo servido, mesmo assim,
porque chamei as duas.
Depois do
almoço, peguei minha câmera para fotografar as crianças, que ao perceberem,
ficaram posando e fazendo todo tipo de traquinagem possível. Estive pensando em
dar algum presente para elas, antes de ir embora, porta-retratos com a foto de
cada um, ou um pôster com a foto da família inteira reunida... Tenho que pensar
em algo que elas não vão destruir em 5 minutos e que seja útil.
Percebi em
um dos órfãos, Moham, de 16 anos, anda com bastante dificuldade devido a
problemas na coluna. Ele já passou por duas cirurgias e tem uma cicatriz
enorme, da base do pescoço, até o fim da lombar. Para ajudar no tratamento, ele
toma pílulas de cálcio e, a cada 6 meses, vai ao médico checar como está a
evolução do seu quadro. Um sofrimento danado, para alguém de apenas 16 anos,
mas ele nunca tira o sorriso do rosto.
Pão quentinho, feito na hora |
Diariamente
paro para pensar qual é a real contribuição que posso dar às crianças, enquanto
estiver por aqui. Aos poucos, estou chegando à conclusão de que estando
presente, dando carinho e atenção, são as formas que tenho para ajudar. No fim
das contas, a impressão que eu tenho é que essa experiência vai ajudar mais a
mim do que a eles. Assistir a tudo isso, faz a gente ser extremamente grato por
tudo que tem, desde à família, até o conforto da nossa cama.
Já se
passaram 8 dias, mas ainda não estou 100% adaptado. As vezes ainda bate um
desespero e uma vontade de sair correndo, mas respiro e lembro que além de ser
passageiro, tudo tem um motivo maior.
Especialmente
hoje, tivemos um lanche da tarde, com pão e chá. O pão foi feito artesanalmente
pelas cozinheiras, mas por ser um pouco pobre, passei manteiga de amendoim,
para dar um upgrade na refeição – estou usando tudo que comprei e acho que fiz
boas escolhas.
Fui dormir
mais cedo que todo mundo, com um estranho cansaço.
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