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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Dia 122 - Lamatar, dia 14

Maniz e Bijay a caminho da escola
O dia “D” chegou e fomos todos para a escola. No início, o caminho é asfaltado, depois passa para cascalho e depois lama; muito agradável (ainda bem que comprei um calçado apropriado para as condições daqui).

Na entrada da escola, crianças jogavam ping-pong, onde a rede era feita de tijolos e as raquetes eram as mãos. Criatividade não falta por lá.
Os meninos se vestem com camisa, gravata e calça social, mas o calçado varia entre sapato, chinelo e crocs.  As meninas usam saia, meias brancas até o joelho, camisa e gravata. Vários países que visitei tem esse “dresscode” para uniforme de crianças, mas prefiro no Brasil, onde as coisas são mais relaxadas.
Conversei com o coordenador da escola e o professor de inglês, que me auxiliaram a montar meu horário, e depois fui assistir algumas aulas, para ver como funcionam as coisas por lá. Todas as aulas são lecionadas em inglês e os livros também, algo curioso.

As salas de aula são muito precárias, com quadros brancos estragados por conta das chuvas, pisos parcialmente inundados, iluminação fraquíssima e carteiras desconfortáveis (talvez para mim, que sou duas vezes maior que eles).
Fui assistir à aula de inglês, onde a professora jogava forca. As crianças tinham 10, 11 anos, e a professora utilizava palavras inúteis, para o vocabulário atual delas, como “project”, “property”. Foi divertido, mas pouquíssimo instrutivo, e ao lembrar a metodologia de ensino nas nossas escolas, estamos muito além. De lá fui para aula de administração da 6ª série, onde a professora, com um inglês ininteligível, repetia o que estava escrito no livro e depois fazia perguntas às crianças, que liam o que estava escrito no livro. Tudo baseado na decoreba, sem o auxílio de recursos modernos, de forma que não se vai além do livro, nem um pouco. O para-casa é resumir o que está no livro, ou responder algumas perguntas e pronto.
Enquanto assistia às aulas, fui tendo várias idéias. 

Voltei para casa, onde montei duas páginas sobre a América do Sul e o Brasil, com mapas, figuras e tabelas, para tornar a leitura mais atrativa. Fui para o centro da cidade imprimir, mas o Nepal não para de me surpreender. O computador do cyber café não funcionava, depois as impressoras deram problema e as cópias ficaram péssimas. Gastei duas horas para fazer isso e ficou uma porcaria.
Fiquei extremamente frustrado com as cópias, pois o meu esforço foi praticamente em vão. Tudo aqui é muito difícil, meu Deus do Céu! Atividades corriqueiras como imprimir ou tirar cópias de uma folha, se tornam uma luta.

Obviamente que esse contratempo tirou parte da minha motivação, já que minha intenção era levar coisas diferentes, todos os dias, entre letras de músicas, vídeos, fotos... Impraticável.

Outro detalhe do dia foi que, com a volta das aulas, os horários de alimentação mudaram. O café da manhã é 08:30, depois tem um lanche da tarde às 16:30 e jantar 20:30. Ficaram muito esparsas e passei fome, mesmo com barras de cereais e frutas que tinha.

Pedi auxílio para minha amiga Priscilla, que já deu aulas de inglês para adolescentes e ela me enviou várias opções e dicas de atividades. E vamo que vamo!

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